Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2019
Os reajustes salariais acima da inflação, concedidos também em períodos de queda da arrecadação, foram o principal motor para o aumento da folha de pagamentos dos funcionários ativos da União e dos Estados nos últimos anos no Brasil, revelou um estudo do Banco Mundial divulgado nesta quinta-feira (09).
Além do impacto fiscal, os aumentos reais aprofundaram a disparidade entre as remunerações dos setores público e privado. Segundo o levantamento, em 2017 os servidores federais tinham, em média, um salário 96% superior ao de um profissional da iniciativa privada que ocupa cargo semelhante, na mesma área de atuação. É o maior percentual entre os 53 países comparados pela instituição financeira. O índice fica acima da média internacional, de 21%.
O gasto com funcionários ativos é, atualmente, o segundo maior grupo de despesa do governo federal, atrás apenas da Previdência. “Grande parte da pressão nas contas públicas vem da folha de pagamentos e da Previdência, que caminham juntas. O que é feito em relação à folha acaba tendo repercussão nos inativos”, explica Daniel Ortega, especialista sênior para o setor público do Banco Mundial.