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Brasil Outra mulher acusa João de Deus de estupro e tentativa de homicídio

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(Foto: Reprodução)

Uma mulher acusa João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, 77 anos, de tê-la estuprado, tentado assassiná-la com três tiros e jogá-la em um rio, em 1973. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (24), ela disse que quando tinha 17 anos acompanhou uma tia que buscava tratamento espiritual. João teria abordado a jovem e a levado de carro até um local ermo, próximo à cidade de Abadiânia (GO). As informações são do jornal Folha de S.Paulo e do MP-GO (Ministério Público do Estado de Goiás).

Ele tirou o meu vestido, tirou minha calcinha”, relata a mulher à reportagem. Após o estupro, ela disse ter sofrido uma hemorragia, o que teria assustado João.

Ainda segundo ela, ele desferiu um golpe com uma pedra em sua cabeça e efetuou três tiros. João então jogou o corpo da jovem no rio.

Mais tarde, ela foi resgatada por um pescador. Seus dentes haviam sido destruídos por um dos tiros. Até hoje, uma das balas está alojada em seu pescoço. Segundo o Ministério Público, esses crimes não serão investigados, pois já prescreveram.

A reportagem do Fantástico fala ainda da abertura de investigação sobre dois homicídios na cidade do médium.

João de Deus também teria sido alvo de inquéritos sobre tráfico de drogas e venda ilegal de minério radioativo. Nenhum dos casos chegou a condenações. Segundo a promotoria, também está em investigação uma rede de proteção a João de Deus, que incluiria policiais e um delegado.

A defesa de João se disse surpresa com a acusação e disse que o Ministério Público não compartilha informações sobre o processo como deveria.

O médium deixou a prisão na última sexta-feira para atendimento hospitalar. Ele deve ficar no Instituto de Neurologia de Goiânia por quatro semanas.

O médium está preso desde 16 de dezembro em Goiânia. Ele nega as acusações. É investigado por estupro, estupro de vulnerável, violação sexual e posse ilegal de arma.

Desde o surgimento dos casos, o Ministério Público já recebeu ao menos 500 acusações de mulheres contra João de Deus.

Mais uma denúncia

Na sexta-feira (22), o Ministério Público do Estado de Goiás protocolou mais uma denúncia contra João Teixeira de Faria, por crimes sexuais (estupro de vulnerável) praticados, de forma reiterada em desfavor de duas vítimas. Também foi imputado a ele crime de falsidade ideológica, consistente na lavratura de uma escritura pública declaratória contendo informações inverídicas relacionadas ao escândalo sexual divulgado pela imprensa em dezembro de 2018. Outras três pessoas foram denunciadas por este crime. Foi pedida novamente nesta ação a decretação de prisão preventiva do réu.

Além de João Teixeira de Faria, foram denunciados pelo crime de falsidade ideológica Edna Ferreira Gomes, Reginaldo Gomes do Nascimento e João José Elias, todos eles voluntários ou pessoas ligadas ao médium. A força-tarefa incluiu na denúncia outras cinco mulheres que prestaram depoimento sobre o abuso sexual, cujos crimes prescreveram na condição de testemunhas.

Os promotores de Justiça Augusto César de Souza e Paulo Penna Prado explicaram que as duas vítimas procuraram a Casa Dom Ignácio de Loyola em busca de tratamento espiritual para si ou para familiares. A forma como João Teixeira de Faria agiu com as duas é semelhante a de outras vítimas – induzia as mulheres a fazerem atendimento em separado e abusava sexualmente delas.

Em relação ao crime de falsidade ideológica, João Teixeira de Faria e a sua rede de proteção, neste caso composta por Edna Gomes, Reginaldo do Nascimento e João Elias, coagiram uma das vítimas, que havia concedido entrevista à equipe de reportagem da Rede Globo, para o programa Conversa com Bial, a prestar declaração pública, registrada em cartório, de forma a desqualificar o material jornalístico. A vítima foi levada duas vezes a um cartório, na cidade de Anápolis.

Na primeira vez em que foi ao cartório, após a tomada de declarações, o documento não pôde ser assinado por causa da documentação da vítima. Na segunda ocasião, a vítima assinou a declaração. A mulher descobriu, posteriormente, que haviam sido inseridas declarações que não havia prestado. A força-tarefa apurou que a rede de proteção agiu para forjar documento que serviria de contraprova à reportagem.

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https://www.osul.com.br/outra-mulher-acusa-joao-de-deus-de-estupro-e-tentativa-de-homicidio/ Outra mulher acusa João de Deus de estupro e tentativa de homicídio 2019-03-25
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