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Geral Pesquisa revela perfil de quem mais agride e abandona animais no RS

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Uma das casinhas colocadas na calçada para os animais de rua, pelos moradores do jardim do Salso, em Porto Alegre. (TV Pampa)

Uma pesquisa realizada pela Médica Veterinária Gisele Kronhardt Scheffer identificou o perfil do agente agressor e abandonador de animais no Rio Grande do Sul. Além disso, também foram apontadas as principais motivações e características dos crimes praticados. A partir dos dados, foi possível constatar que a maior parte dos entrevistados — entre médicos veterinários, protetores de animais e Ongs — detectou homens de 20 a 40 anos como o perfil mais propício a agredir e abandonar animais no Estado.

Em relação ao abandono, o estudo — que envolveu 380 questionários preenchidos — aponta que os cães são os animais que mais sofrem: eles contabilizam 88% dos atendimentos de médicos veterinários, enquanto menos de 7% são a gatos e outras espécies. Os principais motivos para o abandono são velhice, doença e ferimento do animal. Outras causas envolvem gravidez do animal, comportamento indesejado, deficiência, compra por impulso ou, até mesmo, a perda de interesse por ter um bichinho de estimação.

Animais domésticos

Na coleta de dados sobre os maus-tratos, — que envolveu 280 questionários preenchidos apenas por médicos veterinários — foi observado que a maioria dos atendimento são a animais domiciliados (56,3%), ou seja, a violência ocorre por parte de tutores possivelmente agressores ou negligentes. Casos oriundos de rua compõem 37,7%.

Tipos de violência

Também foi possível perceber no estudo o tipo de agressão mais praticado por gênero. Os questionários apontaram reconhecer 75% dos perfis como gênero masculino e 25% como feminino.

Violências comuns entre os homens:
espancamento (63,3%);
privação de atendimento veterinário (62,8%);
acumulação de animais (49,3%)

Violências comuns entre as mulheres:
acumulação de animais (64,2%);
privação de atendimento veterinário (61,9%);
privação de água e alimento (41,0%).

Motivações

A maior motivação observada foi“negligência ou ignorância em relação ao bem-estar do animal” (69,6%). Porém, foram indicadas, ainda, motivações como “o animal foi desobediente” (28%); “o animal mordeu ou ameaçou o autor ou um familiar” (20,1%); “o animal pertencia a um desafeto do autor” (19,1%); “surto de embriaguez/drogadição do autor” (16,2%); “briga em família, com agressão a pessoas e ao animal” (13,7%); dentre outras.

Jornada do Direito Animal

Como defensora da causa animal e pesquisadora dos Direitos dos Animais com enfoque na Criminologia, em seu estudo, Gisele Kronhardt Scheffer buscou trazer dados para reflexão entre o grupo social, assim como fomento de discussão sobre a temática no meio acadêmico. Com o propósito de incentivar a discussão acadêmica sobre o tema, Gisele criou a Jornada do Direito Animal. O evento está na sua segunda edição e ocorre nesta semana, até a sexta-feira (23), na Faculdade Estácio/RS, com entrada franca para as palestras.

Atualmente, Gisele está conduzindo um estudo nacional sobre o tema. Médicos veterinários de todo o Brasil podem responder a pesquisa através do site https://bit.ly/2Z9SLIm. Já ONGs e protetores podem acessar o questionário pelo site https://bit.ly/2Mjo15S.

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https://www.osul.com.br/pesquisa-revela-perfil-de-quem-mais-agride-e-abandona-animais-no-rs/ Pesquisa revela perfil de quem mais agride e abandona animais no RS 2019-08-19
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