Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2016
O presidente municipal do PMDB de Porto Alegre, Antenor Ferrari, e o ex-senador Pedro Simon apresentaram nessa sexta-feira (2) denúncia ao MPE (Ministério Público Eleitoral) para que sejam apurados os fatos em relação à participação de integrantes do PT e do PSOL no ato de vandalismo contra a sede do PMDB da Capital na última quarta-feira (31).
Manifestantes que protestavam contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff picharam a parede da entrada do diretório, arrancaram a porta de ferro do prédio, quebraram vidros e atearam fogo em um contêiner empurrado para dentro do saguão de entrada da sede do partido. Na mesma noite, logo após o ocorrido, a perícia esteve no local, e uma ocorrência policial – que gerou uma investigação em curso – foi encaminhada pela legenda.
“Numa cidade que se orgulha da sua tradição democrática, a brutalidade dos atos praticados contra as instalações de um partido político é uma mancha difícil de apagar, sobretudo porque é pichada pelas mãos de militantes transformados em criminosos comuns”, afirmou Ferrari ao entregar a denúncia ao MPE. A resposta do PMDB, no primeiro momento, havia partido da juventude que, no dia seguinte ao ataque, ao invés de revidar, lavou e pintou a fachada da sede partidária.
O ex-senador Simon disse ter ficado estarrecido. “Meu sentimento é de tristeza. Em toda minha vida pública, nunca havia presenciado algo assim, que contamina o processo eleitoral com violência num momento em que todos clamam por paz”, lamentou, ao mesmo tempo em que defendeu a ação judicial como forma de “não deixar atos assim passarem em branco”.