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Política A Procuradoria-Geral da República quer investigar a suspeita sobre tribunais pela compra de decisões judiciais pelo grupo JBS/Friboi

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Por causa da suspeita de compra de decisões judiciais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro uma apuração prévia sobre o caso. (Foto: Reprodução)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para reconsiderar a decisão que levou ao arquivamento de uma apuração prévia sobre suspeitas de que a JBS tentou comprar decisões favoráveis em tribunais, entre eles, o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

No mês passado, a revista Veja revelou mensagens trocadas entre o diretor jurídico da J&F, Francisco de Assis, e uma advogada que trabalha para a empresa, Renata Gerusa Prado Araújo, que sugerem estratégias para conseguir decisões favoráveis.

Por causa da suspeita de compra de decisões judiciais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro uma apuração prévia sobre o caso: fazer uma perícia no material – nas mensagens e áudios trocados em um aplicativo. Caso o material estivesse em condições de ser aproveitado, haveria elementos suficientes para pedir abertura de inquérito. O ministro negou o pedido, alegando que a procuradora não apresentou indícios de autoria e materialidade que justificassem a abertura da investigação.

No dia 27 de outubro, a procuradora-geral questionou a decisão de Lewandowski. Mandou um pedido de reconsideração alegando que esses indícios, pedidos por ele, só podem ser apontados se a investigação for aberta. E que, por haver citação de magistrados no caso que se pretende investigar, cabe à PGR somente o pedido. A investigação em si, segundo a Lei da Magistratura, tem que ser feita – caso seja autorizada – pelo judiciário. Se a apuração for autorizada, caberia ao STJ apurar possíveis irregularidades na conduta de ministros do tribunal.

As mensagens trocadas entre Francisco de Assis e a advogada da JBS não incluem diálogos entre ministros do Superior Tribunal de Justiça e não há indícios definitivos de que as promessas de compra de decisão foram efetivamente feitas ou pagas. O Ministério Público Federal quer avançar na apuração para saber se as mensagens podem levar a algum fato novo ou se não podem comprovar as suspeitas. A palavra final caberá ao ministro Ricardo Lewandowski. Na delação, os executivos da J&F não mencionaram as mensagens e nem a suposta tentativa de compra de decisões .

 Versões das defesas

O diretor jurídico da J&F, Francisco de Assis, afirmou que as mensagens são resultado de montagem e que nunca tentou comprar decisões.

A defesa de Renata Gerusa Araujo afirmou que as mensagens foram manipuladas e entregues ao Ministério Público pelo ex-marido dela . Ainda segundo o advogado de Renata, o ex-marido está sendo investigado por tentativa de extorsão.

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https://www.osul.com.br/procuradoria-geral-da-republica-quer-investigar-suspeita-sobre-tribunais-pela-compra-de-decisoes-judiciais-pelo-grupo-jbs/ A Procuradoria-Geral da República quer investigar a suspeita sobre tribunais pela compra de decisões judiciais pelo grupo JBS/Friboi 2017-11-04
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