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Brasil Sérgio Moro diz ao Supremo que nunca determinou destruição de provas no inquérito dos hackers

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A aprovação do pacote anticrime é prioridade do Ministério da Justiça, comandado por Moro. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que “jamais” houve qualquer determinação administrativa para que fosse destruído o material colhido com hackers presos pela PF (Polícia Federal) no mês passado, no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a invasão de telefones e a obtenção de dados de autoridades.

A manifestação foi enviada em ação do PDT, pela qual o ministro Luiz Fux proibiu a destruição das provas. “Esclareço que este ministro da Justiça e Segurança Pública não exarou qualquer determinação ou orientação à Polícia Federal para destruição do material ou mesmo acerca de sua destinação, certo de que compete, em princípio, ao juiz do processo ou ao próprio Poder Judiciário decidir sobre a questão, oportunamente”, afirmou.

O partido entrou com o processo no STF após o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, uma das autoridades hackeadas, divulgar nota na qual dizia que Moro lhe havia informado que o material obtido a partir da invasão de celulares seria descartado “para não devassar a intimidade de ninguém”.

Ao STF, Moro afirmou que não tem acesso ao inquérito policial, que tramita na 10ª Vara Criminal do Distrito Federal, e que compete ao Poder Judiciário a decisão sobre o destino do material. O ministro da Justiça disse ainda que a afirmação de que o material seria descartado foi “apenas um mal-entendido” quanto à declaração sobre a “possível destinação” das mensagens, “considerando a natureza ilícita dele e as previsões legais”.

“Evidente, porém, que a decisão quanto a ele competirá à autoridade judicial, com oitiva e participação das partes do processo, e não do ora subscritor”, disse Moro. O ministro ainda destacou que a própria PF já havia emitido nota sobre o assunto, assim como o próprio Moro, para esclarecer que não haveria nenhuma determinação administrativa para destruição do material.

A hipótese de destruição das mensagens levantada por Moro gerou reação de ministros do Supremo. O ministro Marco Aurélio Mello disse que órgão administrativo não poderia ordenar destruição de material. “Isso aí é prova de qualquer forma. Tem de marchar com muita cautela”, declarou na ocasião.

Dois outros ministros questionaram reservadamente também o fato de Moro ter acesso ao inquérito, quando apenas o juiz e o delegado deveriam ter conhecimento do conteúdo. Para eles, não era responsabilidade do ministro da Justiça entrar em contato com as autoridades que tiveram o telefone invadido.

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