Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2019
A Polícia Civil de Tubarão prendeu em Balneário Piçarras, Litoral Norte de Santa Catarina, um ex-advogado de 61 anos foragido da Justiça desde 2016. Ele é suspeito de aplicar golpes em centenas de clientes quando na condição de advogado radicado em Braço do Norte, Sul do Estado, e constava na lista de procurados da Interpol. As informações são da Polícia Civil de Santa Catarina e do portal de notícias G1.
Investigação
A prisão aconteceu após meses de investigação por meio da Delegacia de Delitos de Trânsito e Divisão de Crimes Ambientais (DTCA) de Tubarão, coordenada pelo delegado Cristiano Léo Fabiani e auxiliada pelo delegado Bruno Marinho, da Delegacia de Polícia de Braço do Norte.
Estelionato
Segundo o delegado Cristiano Fabiani, contra o homem havia sete mandados de prisão decretados pela Justiça, sendo que ele responde a 150 inquéritos policiais por estelionato contra cerca de 900 vítimas, cujos prejuízos causados alcançaram cerca de R$ 5 milhões. “Em trabalho comprometido dos policiais conseguimos dar essa resposta à sociedade”, disse o delegado em entrevista coletiva da Polícia Civil, em Tubarão, sobre a prisão do foragido.
Financiamentos de carros
Em julho de 2016, a Justiça concedeu o pedido de prisão preventiva contra o advogado, que atuava no Sul catarinense. Os golpes que ele aplicava estavam relacionados a processos para diminuir juros de financiamentos de carros. Ele recebia as prestações, mas não repassava o dinheiro em juízo.
A investigação conseguiu chegar ao paradeiro dele. Após quatro horas de monitoramento, o homem foi preso. Ele foi detido na rua, antes de chegar em casa.
Juros abusivos
Os clientes do advogado eram pessoas com carros financiados que o procuravam para ações revisionais – o objetivo era rever os juros das prestações. De acordo com o delegado Flávio Gorla, ele pedia um valor de custas, em torno de 900 reais, e dizia que havia feito o cálculo sem juros abusivos.
Depois, dizia um novo valor da prestação e pedia para que o cliente pagasse diretamente para ele. Meses depois, pedia um valor que “quitaria” a dívida.”Na hora que [o cliente] via, o processo não tinha nem sido instaurado”, disse o delegado. O escritório do advogado ficava em Braço do Norte, Sul catarinense.