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Por Redação O Sul | 21 de maio de 2018
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (21), duas pessoas acusadas de pedofilia em Porto Alegre e Canoas, na Região Metropolitana. As ações foram realizadas pela Delegacia de Capturas do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Segundo o delegado Arthur Raldi, um homem de 58 anos foi preso no bairro Rubem Berta, na Zona Norte da Capital, em cumprimento a um mandado de prisão decorrente de sentença penal condenatória definitiva. Ele é acusado de abusar sexualmente da sua enteada, de 9 anos. O crime ocorreu em 2014, no bairro Jardim Leopoldina. Na ocasião, a mãe da menina, já desconfiada dos abusos, voltou mais cedo para casa e flagrou o companheiro violentando a criança.
No bairro Rio Branco, em Canoas, foi presa uma mulher de 35 anos por estupro de vulnerável e maus tratos. Os crimes teriam sido cometidos contra os seus filhos, de 1 e 2 anos.
Cadastro de Pedófilos
Em janeiro deste ano, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, sancionou o Projeto de Lei 16/2016, de autoria do deputado estadual Maurício Dziedricki (PTB), que cria o Cadastro Estadual de Informações para Proteção da Infância e da Juventude, o chamado Cadastro de Pedófilos. A proposta foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa gaúcha.
“Não é com alegria que sanciono essa lei, uma vez que ela trata de uma enorme crueldade. Mas é com a sensação de dever cumprido porque, a partir da sua implantação, temos a perspectiva de tentar diminuir esse crime tão perverso. Quero saudar o deputado Maurício Dziedricki pelo empenho na criação desse cadastro, já que muitos pedófilos cumprem penas diferentes da prisão fechada, como a reabilitação, e não há um controle geral desses criminosos”, ressaltou o governador na ocasião.
O acesso ao Cadastro de Pedófilos deve ser feito pelo site da SSP (Secretaria da Segurança Pública) e permite que membros do Ministério Público, do Judiciário, da Polícia Civil e da Brigada Militar, além de pessoas envolvidas com a defesa dos direitos das crianças, como conselheiros tutelares e secretários de assistência social, possam agir de maneira mais efetiva e com medidas protetivas. “Mais do que culpar os criminosos, a importância do cadastro está em conhecê-los, para que possamos proteger nossas crianças desse horror”, enfatizou Sartori.