Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2017
Um médico plantonista do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), de Araci, nordeste baiano, foi preso, suspeito de ter dado um prejuízo de mais de R$ 2 milhões em Barreiras e região, com o golpe chamado pela polícia de “compra premiada”, ao prometer entregar carros em um consórcio e não entregar os veículos.
Ele foi preso na segunda-feira (14). Outras oito pessoas suspeitas de participar do esquema tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça, mas não foram localizados e estão foragidos.
O clínico é sócio de uma empresa de consórcios de motocicletas em Barreiras, com atuação nos municípios do entorno, que prometia ao cliente deixar de pagar as prestações restantes quando fosse sorteado, independentemente da quantidade de meses que ainda deveriam ser pagas.
Segundo o delegado Rivaldo Luz, coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), a empresa chegou a entregar motocicletas aos consorciados no começo, mas depois, como não tinha mais condições de arcar com a promessa, deixou de conceder os veículos.
O médico foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, com o apoio de policiais da 15ª Coorpin, de Serrinha, na própria clínica em que o médico fazia plantão. Ele foi transferido para Barreiras para prestar depoimento.
Golpe tinha site similar ao do Detran
Um motociclista nunciou à Polícia Civil que foi vítima de um golpe ao imprimir um boleto falso em um site que copia a página do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO). A corporação está investigando se uma quadrilha invadiu o site do órgão e teve acesso aos dados dos usuários.
O motociclista depende da moto para trabalhar e pagou o boleto, no valor de R$ 419,30, na data prevista. Porém, ao ir à sede do Detran, foi informado que seguia com dívida.
O boleto pago é praticamente igual ao gerado corretamente pelo Detran uma das diferenças é o início da numeração do código de barras. Os três primeiros números identificam o banco para onde vai o pagamento. No boleto falso, a numeração começa com 237, instituição financeira que não tem convênio com o órgão.
O delegado responsável pelo caso informou que os criminosos devem ter conseguido todos os dados após invadir o site do Detran.
A polícia ainda investiga se os condutores também receberam em casa boletos com a numeração adulterada.
A origem do dinheiro já foi rastreada e é uma conta bancária de São Paulo. A polícia ainda tenta identificar o dono da conta.
Em um comunicado no site oficial, o Detran explica que já bloqueou um site falso, mas que outras páginas podem surgir com o mesmo intuito. O departamento explicou ainda que não se responsabiliza por boletos ou documentos gerados em qualquer outro domínio. (AG)