Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2020
Os brasileiros estão começando a retomar suas atividades fora de casa. De acordo com pesquisa feita pelo C6 Bank/Datafolha, de cada dez brasileiros, oito (80% do total) foram a comércios de rua, retomaram atividades de lazer e beleza ou utilizaram transporte público.
O levantamento foi feito entre os dias 21 e 31 de agosto, ouvindo 1.536 pessoas nas cinco regiões do Brasil.
Entre os brasileiros que flexibilizaram a quarentena, 50% visitaram shopping ou comércio de rua nos 15 dias anteriores à pesquisa, 24% foram a salões de beleza ou clínicas de estética, 21% estiveram em restaurantes ou lanchonetes e 16% frequentaram parques ou praças.
A retomada das atividades é mais comum entre os perfis mais escolarizados da população e com maior renda. Entre brasileiros das classes A/B, 54% relatam compra em lojas do comércio de rua ou visita a shopping.
“Depois de um período longo de quarentena, a maior parte da população já retomou as atividades que costumava realizar antes da pandemia”, diz Paulo Alves, gerente de pesquisas do Datafolha.
A pesquisa aponta que a retomada das atividades é mais frequente entre os perfis mais escolarizados da população e com maior renda. Entre brasileiros das classes A/B, 54% fizeram compras em lojas do comércio de rua ou visita a shopping.
O levantamento também mostra que 37% dos entrevistados aumentaram os gastos com atividades e compras fora de casa, enquanto 31% mantiveram o nível de gastos. Estes dois grupos concentram 68% dos entrevistados. Já 32% dos brasileiros estão gastando menos atualmente.
Os dados da pesquisa corroboram o que os indicadores econômicos vêm mostrando. De acordo com o IBGE, as vendas do comércio varejista registraram em julho o melhor resultado para o mês em 21 anos. A alta de 5,2%, na comparação com junho, representou o terceiro mês seguido de ganhos.
Ao passo que o varejo avança com vigor, os serviços – que dependem bastante do contato pessoal entre pessoas – ainda patina para se recuperar. Embora tenha avançado 2,6% em julho, ainda está longe de apagar os danos causados pelos fechamentos de bares, hotéis, clubes etc. durante o auge da pandemia no país.
Uso de transporte público
A pandemia também alterou os hábitos dos brasileiros em relação aos transportes públicos. Entre os entrevistados, 40% aumentaram o uso de meios alternativos ao transporte público que não tinham o hábito de usar antes da quarentena, como bicicleta e carro próprio.
A pesquisa mostra que 30% do público usou transporte público nos 15 dias anteriores à pesquisa, percentual abaixo das médias registradas antes da pandemia. As informações são do jornal O Globo.
Número de pessoas isoladas
O número de pessoas rigorosamente isoladas diminuiu em 2,8 milhões da segunda para a terceira semana de agosto, passando de 44,4 para 41,6 milhões, de acordo com a edição semanal da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, divulgada na última sexta-feira (11) pelo IBGE. A pesquisa também estimou em 4,5 milhões a população que não fez restrição na semana de 16 a 22 de agosto. O número representa estabilidade em relação à semana anterior.
No mesmo período, aumentou em 1,9 milhão o número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo ou recebendo visitas. Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, os dados apontam uma flexibilização do isolamento por parte da população.
“De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento”, explica.
Esse grupo vem aumentando pela terceira semana seguida. Da primeira para a segunda semana de agosto, 2,9 milhões de pessoas a mais afirmaram ter reduzido o contato, embora continuassem saindo ou recebendo visitas. Já a população que ficou em casa e só saiu por necessidade básica se manteve estável na terceira semana de agosto. São 87,6 milhões de brasileiros nessa situação. As informações são do jornal O Globo e do IBGE.