Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2020
Em meio ao aumento das fraudes e golpes pela internet, em paralelo ao crescimento do comércio on-line durante a pandemia do novo coronavírus, os brasileiros estão mais preocupados com fraudes e segurança de dados.
Uma pesquisa feita pela Serasa Experian em todo o país mostra que subiu o número de consumidores que só compartilham informações pessoais quando há necessidade explícita nos sites que visitam: em um ano, o percentual subiu de 28,4% para 33,4%.
Já o número de internautas que sempre compartilham seus dados, ainda que não se sintam seguros, caiu de 35,7% para 30,9% no mesmo período.
A pesquisa também mostrou que o número de brasileiros que sofreram fraudes e problemas de exposição em relação aos seus dados aumentou este ano, de 12,7% para 17,4%.
A pesquisa revelou que, entre 2019 e 2020, subiu de 7,7% para 10,8% o percentual de pessoas que compraram em sites falsos e só descobriram isso após a transação.
Ataques de hackers
Também subiu de 7,5% para 10% o percentual de brasileiros que tiveram problemas com hackers, sofrendo exposição de seus dados.
Quando compartilham dados com empresas on-line, o principal aspecto de avaliação, para 59,1% dos consumidores, é a confiabilidade que a marca ou o site proporcionam. Em segundo lugar, 50,1% dos usuários disseram querer saber se a política de privacidade do site é apresentada de maneira clara.
Um critério importante, mas menos escolhido pelos entrevistados (26,7%), é a possibilidade de respaldo da marca em casos de problemas com a segurança das informações coletadas.
Apenas 0,8% das pessoas não se preocupa em adotar métodos de avaliação sobre a segurança da área on-line em que vão se cadastrar, acessar ou realizar suas compras.
Proteção de dados
Outro dado interessante revelado pelo levantamento é que ainda é elevado o percentual de pessoas que nunca ouviu falar sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em maio de 2021 e obriga empresas a se adequarem a uma série de normas que visam dar maior segurança aos cidadãos. O percentual de pessoas que desconhece a lei caiu de 75,0% para 72,8%, ainda um número elevado.
Os entrevistados mais jovens (18 a 29 anos) e de maior poder aquisitivo (acima de 10 salários mínimos mensais) são maioria entre a parcela dos 5,0% que garantem ter amplo conhecimento sobre a LGPD.
A pesquisa da Serasa Experian entrevistou 2.139 consumidores de todo o Brasil entre os dias 16 de março e 27 de abril de 2020. A metodologia aplicou, por meio de painel on-line nacional, um questionário com perguntas fechadas a um público composto por 58% de mulheres e 42% de homens, nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste/Norte. As informações são do jornal O Globo.