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Mundo Sentença de morte para ex-presidente do Egito leva a protestos internacionais

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Mohamed Mursi havia sido condenado a 20 anos de prisão por repressão a manifestações. (Foto: Spencer Platt/AFP)

A condenação à morte do ex-presidente egípcio Mohamed Mursi por um tribunal militar do Cairo, no sábado, acarretou uma onda de protestos internacionais e até ameaças por parte da Irmandade Muçulmana, o grupo do qual ele faz parte. Horas depois, três juízes foram assassinados em um ataque na Península do Sinai.

Eleito em 2012 e deposto em um golpe militar no ano seguinte, Mursi foi condenado por seu envolvimento, com outros 106 membros da Irmandade, na fuga de uma prisão em janeiro de 2011, durante a Primavera Árabe, que culminou na deposição do então presidente, Hosni Mubarak. A ação ocorreu em um dia crucial de batalhas de rua durante a revolução. No caos do levante, alguns dos guardas da prisão abandonaram seus postos. Outros foram mortos por invasores do presídio, que libertaram milhares de detentos, entre eles o ex-presidente egípcio.

A defesa dele ainda pode recorrer. Mursi, porém, afirma que o tribunal militar não tem legitimidade para julgá-lo. Entre os condenados à morte está o vice-líder da Irmandade, Mohamed El-Shater.

Ameaças
A reação à sentença, dentro e fora do país, não se fez esperar. A AI (Anistia Internacional), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o grupo islamita Hamas uniram-se no repúdio. A AI tachou a sentença de “um ato absurdo baseado em procedimentos vazios e nulos”, exigindo que Mursi seja libertado e julgado de novo por uma Corte civil. Erdogan, ele próprio de um partido islamita turco, criticou também os aliados ocidentais do governo do Egito pela condenação. “Enquanto o Ocidente está abolindo a pena de morte, fica apenas observando a continuação das sentenças de morte no Egito. Não faz nada sobre isso”, disparou. O Hamas, que tem suas raízes na Irmandade, classificou o veredicto, que incluiu dezenas de palestinos, de “crime contra o povo palestino”.

A própria Irmandade reagiu, alegando que o veredicto “abriu todas as opções para livrar o país desta gangue que tomou o poder pela força”. Para a dirigente Hoda Moneim, o governo “quer apenas vingança”. “Estamos em uma farsa liderada pelos militares, facilitada pela mídia corrupta e implementada por um Judiciário corrupto”, atacou ela.

Já o também dirigente Ahmed Ramy Elhofy, que foi condenado à revelia, lançou ameaças de retaliação. “Todo o mundo vai pagar por essa sentença de morte, pelo silêncio, sobre essa sentença, e por trair os princípios de liberdade e justiça.”

Ataque
Horas depois da sentença, três juízes foram mortos e outros três feridos a tiros em um ataque no Sinai. Nenhum grupo assumiu a autoria da ação. A decisão final sobre a sentença deve ser tomada no dia 2 de junho, após o caso ser analisado pela autoridade religiosa máxima do país, o grande mufti Shawqi Allam, ele pode se pronunciar sobre as execuções, mas seus argumentos não são legalmente vinculantes. Diplomatas ocidentais não acreditam que Mursi venha a ser executado, pois isso poderia levar a uma convulsão interna. O ex-presidente já foi condenado a 20 anos de prisão por repressão a protestos.

(AG)

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https://www.osul.com.br/sentenca-de-morte-para-ex-presidente-do-egito-leva-a-protestos-internacionais/ Sentença de morte para ex-presidente do Egito leva a protestos internacionais 2015-05-17
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