Domingo, 22 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2023
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, mais uma vez não conseguiu sustentar o sinal positivo e fechou em queda nessa quinta-feira (17), no 13º pregão consecutivo de perdas. Não há registro de uma sequência tão longa de recuos desde a criação do Ibovespa em 1968.
A maior sequência até então havia sido de 12 pregões consecutivos com a oscilação negativa em 1970, de 26 de maio a 11 de junho daquele ano.
Investidores continuaram a repercutir a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na véspera, além de monitorarem o noticiário econômico doméstico.
Ao final do pregão, o índice recuou 0,53%, aos 114.982 pontos, renovando o menor patamar desde junho.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,50%, aos 115.592 pontos. Com o resultado dessa quinta, passou a acumular: quedas de 2,61% na semana e de 5,71% no mês; e ganhos de 4,78% no ano.
Dólar em queda
O dólar fechou a sessão dessa quinta-feira (17) em leve queda, um dia depois da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O documento indicou que o ciclo de altas nas taxas de juros pode continuar nos próximos meses, já que a pressão da inflação continua sendo uma ameaça na maior economia do mundo.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,10%, cotada a R$ 4,9813. No dia anterior, o dólar encerrou o pregão próximo da estabilidade, com baixa de 0,01%, vendido a R$ 4,9863. Com o resultado dessa quinta, a moeda passou a acumular: altas de 1,59% na semana e de 5,34% no mês; e recuo de 5,62% no ano.
Mercados
O que está mexendo com os mercados? Com a falta de indicadores econômicos mais relevantes na agenda brasileira nessa quinta-feira (17), investidores continuaram a repercutir a ata do Fed, divulgada na véspera.
Segundo o documento “a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária”, sinalizando que os preços ainda estão em níveis elevados e que, para interromper o ciclo de altas, o comitê precisa enxergar sinais mais claros de desaceleração na inflação.
A ata também mostrou que as autoridades do Fed ficaram divididas em relação ao aumento estabelecido na última reunião, ocorrida em julho, que levou as taxas a um patamar entre 5,25% e 5,50%.
“Os participantes permaneceram resolutos em seu compromisso de reduzir a inflação para a meta de […] 2%”, diz a ata.
O documento ainda destacou que alguns membros da instituição começam a se preocupar com os impactos das altas dos juros na atividade econômica dos Estados Unidos e temem que isso cause danos aos empregos no país.
Na agenda de indicadores norte-americana, dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego na última semana atingiram 239 mil, quase em linha com os 240 mil projetados por economistas ouvidos pela agência de notícias Reuters.
Ainda no exterior, investidores também continuavam a monitorar o noticiário chinês, após o Banco do Povo da China informar, em relatório sobre a implementação da política monetária no segundo trimestre, que vai apoiar “firmemente a recuperação e o desenvolvimento da economia real”.
A indicação do BC chinês surgiu após o país apresentar, nos últimos dias, uma série de dados econômicos considerados fracos, pressionando as moedas de países exportadores de commodities, como o real. As informações são do portal de notícias G1.