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Economia Bolsa dispara 2,5% com expectativa sobre juros nos Estados Unidos; dólar fecha em forte queda

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O mercado reagiu ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. (Foto: Divulgação/B3)

Com expectativa sobre juros nos Estados Unidos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,57% nessa sexta-feira (22), aos 137.968 pontos – maior valorização diária desde 9 abril (3,12%). Já o dólar encerrou em queda de 0,95%, cotado a R$ 5,4258.

O mercado reagiu ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. Ele sinalizou a possibilidade de um corte de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), em setembro.

Powell, porém, alertou que os efeitos do tarifaço de Trump ainda trazem um risco de alta para a inflação. Segundo ele, embora o mercado de trabalho aparente equilíbrio, esse cenário resulta de uma desaceleração simultânea da oferta e da demanda por trabalhadores.

No Brasil, continuam em destaque as tensões envolvendo o governo dos EUA. Na quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo por tentativa de intimidar autoridades ligadas ao processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

Nessa sexta, o mercado também repercutiu a escolha de Bruno Moretti para presidir o conselho de administração da Petrobras.

Moretti exercerá a função até a próxima assembleia geral da companhia, em substituição a Pietro Mendes, que deixou o posto para assumir a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os papéis da estatal fecharam em forte alta nesta sexta. As ações ordinárias (PETR3) subiram 3,03%, enquanto as preferenciais (PETR4) avançaram 2,63%

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Dólar

* Acumulado da semana:+0,51%;
* Acumulado do mês: -3,12%;
* Acumulado do ano: -12,20%.

Ibovespa

* Acumulado da semana: +1,19%;
* Acumulado do mês: +3,68%;
* Acumulado do ano: +14,70%.

Powell

Com os investidores atentos à trajetória dos juros nos EUA — e esperando dois cortes ainda este ano, começando pela reunião do Fomc no mês que vem —, chegou a vez de descobrir o que pensa o dirigente do BC americano, Jerome Powell.

Em seu discurso durante Simpósio de Jackson Hole, Powell afirmou que o primeiro corte de juros em oito meses pode estar próximo. No entanto, ele alertou que os efeitos do tarifaço ainda representam um risco de alta para a inflação.

Segundo ele, os últimos relatórios divulgados nos EUA indicam uma desaceleração do emprego no país. “Trata-se de um curioso tipo de equilíbrio, resultante de uma desaceleração acentuada tanto na oferta quanto na demanda por trabalhadores.”

Na prática, os sinais de enfraquecimento do emprego e do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA indicam que o Fed pode ter espaço para cortar os juros nos próximos meses, como forma de apoiar a economia.

Powell afirmou, porém, que a instituição ainda deve ter cautela sobre os possíveis efeitos das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Analistas têm apostado em uma alta probabilidade de corte na taxa já na reunião de setembro, segundo dados da LSEG. Outro corte, até dezembro, também já está praticamente incorporado às projeções.

As falas de Jerome Powell animaram os investidores ao redor do mundo. Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, muitos passaram a apostar na possibilidade de queda dos juros nos EUA.

Isso fez com que os títulos da dívida americana começassem a render menos, o que acabou enfraquecendo o dólar ao redor do mundo.

Quando os rendimentos dos títulos americanos caem, investir nos EUA fica menos atrativo para quem está fora do país. Isso pode fazer com que o dólar perca força em relação a outras moedas, já que há menos demanda por ativos americanos.

Segundo ele, a reação do mercado para essa perspectiva foi otimista, evidenciada pela valorização das ações listadas nas bolsas de valores, incluindo a brasileira.

“Essa dinâmica, com dólar desvalorizado, rendimentos menores e juros em queda, tende a beneficiar as empresas de capital aberto”, explica Castro.

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