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Colunistas Reforma agrária é debate do passado em um Brasil que produz

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(Foto: CNA/Wenderson Araújo/Trilux)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Declarações recentes de lideranças do MST, reconhecendo que não há grande expectativa de ampliação da reforma agrária no terceiro governo Lula, apenas confirmam uma realidade que o Brasil já vive há décadas: a reforma agrária clássica, baseada na simples distribuição de terras, não responde mais aos desafios do país.

O Brasil de hoje é um país agrícola, competitivo, produtivo e integrado ao mercado global. Somos líderes mundiais na produção de alimentos, fibras e energia renovável.

Esse resultado não veio da fragmentação de propriedades, mas de investimento, tecnologia, segurança jurídica, crédito, pesquisa e empreendedorismo no campo.

Não é a falta de terra que impede a inclusão social no meio rural. O verdadeiro problema está na ausência de renda, de acesso a mercados, de infraestrutura, de assistência técnica e de políticas públicas que fortaleçam quem produz — pequenos, médios e grandes agricultores.

Distribuir terra sem condições econômicas, sem apoio técnico e sem integração à cadeia produtiva apenas perpetua pobreza, dependência do Estado e frustração social. O governo deveria concentrar esforços em criar um ambiente favorável à geração de renda no campo, com crédito acessível, segurança jurídica, estímulo à agroindustrialização, melhoria da logística, conectividade rural e políticas que incentivem a produção sustentável.

Isso, sim, gera crescimento econômico, arrecadação, emprego e inclusão social de verdade. As invasões de propriedades promovidas pelo MST caminham na direção oposta.

Além de ilegais, afastam investimentos, criam insegurança jurídica e prejudicam justamente quem trabalha, produz e gera riqueza. Não há justiça social possível quando se normaliza o desrespeito à lei e ao direito de propriedade. O Brasil precisa olhar para frente.

O debate não é mais sobre ocupar terras, mas sobre produzir mais, melhor e com inclusão, garantindo oportunidades reais para quem vive no campo. O caminho do desenvolvimento passa pela produção, não pelo conflito. Reforma agrária como bandeira ideológica já não dialoga com a realidade de um país que alimenta o mundo.

O futuro do campo brasileiro está na renda, na produtividade e na liberdade para empreender.

* Jerônimo Goergen é advogado e presidente do Instituto Liberdade Econômica

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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