Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A partir da sessão plenária de hoje, os deputados federais farão o que mais sabem e gostam: discursar. Nenhum mudará de voto sobre o impeachment. Os parlamentares, porém, não resistirão à tentação com transmissões ao vivo por rádio e TV, além da grande presença de repórteres. Haverá shows de malabarismo político-jurídico para plateia boquiaberta.
Alguns falarão duas vezes antes de pensar, achando-se grandes sábios. Poucos usarão um antigo conselho: discurso deve ser como certos trajes. Isto é, bastante longo para cobrir o necessário, porém, curto para ser interessante.
NÃO ADIANTOU
Deu em nada a tentativa do governo de fazer com que o Supremo Tribunal Federal atrapalhe a votação de domingo na Câmara. Os ministros zelam pela aplicação da Constituição, mas têm bom senso.
ALTO RISCO
O PDT dará um tiro contra si, caso decida expulsar Giovani Cherini e outros quatro deputados federais que votarão pelo impeachment. A bancada hoje totaliza 20 parlamentares. A redução fará igualar a partidos inexpressivos. A suspensão será a punição mais adequada, já que a executiva e o diretório nacional decidiram ficar a favor do governo.
CONFRONTO
A Polícia Legislativa não será suficiente para conter deputados exaltados quando ocorrer o anúncio do resultado da votação do impeachment. As provocações serão inevitáveis e a mesa diretora busca aumentar a segurança no plenário.
O serviço médico também reforçará o plantão no plenário.
SEM SAÍDA
A 15 de abril de 2015, a Polícia Federal prendeu em São Paulo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado pelo Ministério Público Federal como operador dos desvios de verba apurados durante a Operação Lava Jato na Petrobras.
RÁPIDAS
* Concentração do MST na Praça da Matriz comprova: a intolerância atingiu nível perigoso.
* Precaução necessária: temendo invasão, a Assembleia Legislativa, o poder desarmado, suspende as atividades de hoje.
* O que surpreende: o governo federal oferece cargos mas não encontra interessados em número suficiente.
* Com jeito de vingança: cinco ex-ministros de Dilma, que hoje têm cargos no Parlamento, vão votar a favor do impeachment.
* Se o afastamento for aprovado, o processo cairá nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros, que assumirá o papel de rei do suspense.
* Há várias bolsas de apostas sobre o resultado na Câmara. Em média, 100 reais por palpite. O mago dos números no PMDB prevê 388 votos contra o governo.
* Não precisa ir longe para encontrar erros do governo: no ano passado, quando a inflação foi de 10,67 por cento, o FGTS rendeu menos de 4 por cento.
* O advogado Luiz Francisco Correa Barbosa viajou de Porto Alegre a Brasília, ontem, e acompanhou a posse de Roberto Jefferson na presidência nacional do PTB.
* A bancada do relógio cuco, que tem controle remoto, já está a postos.
* Deu no jornal: “CPI da Máfia do Futebol define novas convocações”. Inclui time completo de vigaristas, oportunistas, desocupados e enganadores.
* Alguns parlamentares lavarão as mãos, levando o sabonete embora.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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