Segunda-feira, 30 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2016
Dezenas de milhares de sul-coreanos foram às ruas neste sábado (12) pedir a renúncia da presidente Park Geun-Hye, envolvida em denúncias de corrupção. Os organizadores disseram que os protestos reuniram 1 milhão de pessoas. A polícia, por sua vez, estimou esse número em 260 mil.
A origem dos protestos é uma amiga e confidente da presidente sul-coreana que foi detida sob suspeita de tráfico de influência, abrindo caminho a um escândalo político de consequências imprevisíveis para Park Geun-Hye.
As revelações indicam que Choin Soon-Sil, sua amiga há 40 anos, a aconselhava nos assuntos de Estado sem exercer nenhuma função oficial ou ter habilitação em matéria de segurança.
Choi é investigada pela suspeita de usar seus contatos na Casa Azul, a sede da presidência, para extorquir os principais conglomerados econômicos do país, como a Samsung, que teria destinado importantes somas de dinheiro a fundações criadas pela amiga da presidente.
Na semana passada, ao retornar da Alemanha, para onde havia fugido, Choi se entregou à polícia e foi submetida a várias horas de interrogatório pelo Ministério Público sul-coreano. “Desculpem-me. Cometi um pecado mortal”, declaro Choi depois de entrar na sede do MP.
Durante dias, a imprensa trouxe relatos sobre Choi e seu relacionamento com a presidente. Choi relia e corrigia os discursos da presidente e até mesmo a aconselhava nas nomeações de integrantes de alto escalão.
Além disso, ela teria tido acesso a documentos confidenciais, o que abala a imagem da presidente, em franca queda, apesar de ter se desculpado publicamente na semana passada. (Folhapress)