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Geral Twitter, Facebook e WhatsApp não responderam as principais perguntas sobre as eleições

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Rede social disponibilizou ferramenta para controlar tempo gasto. (Foto: Reprodução)

Google, Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp não responderam diversas perguntas que esclareceriam o uso das plataformas durante a campanha de 2018.

Em seu ofício, o ministro Luís Roberto Barroso determina que as empresas revelem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a contratação de impulsionamento de conteúdos “em favor do candidato eleito à Presidência da República, senhor Jair Messias Bolsonaro” com detalhamento do nome, CPF ou CNPJ dos contratantes.

Facebook e Twitter, porém, limitaram-se a dizer que não houve contratação em nome do PSL ou de Bolsonaro – o que não é a questão.

O Facebook não revelou, por exemplo, a contratação de impulsionamento pelo empresário Luciano Hang, dono da Havan, que foi multado pelo TSE em setembro por ter impulsionado publicações no Facebook promovendo a campanha de Bolsonaro.

Ainda segundo o ofício de Barroso, “o impulsionamento de conteúdos é considerado gasto eleitoral, sujeito a registro e aos limites fixados na lei”. Na prestação de contas final de Bolsonaro ao TSE, não consta o impulsionamento bancado por Luciano Hang, mesmo ele tendo sido responsabilizado e autuado.

A lei eleitoral permite o impulsionamento de conteúdo (a possibilidade de alguém pagar ao Twitter, Facebook e Instagram para que seus posts tenham mais destaque e sejam vistos mais vezes). Exige, contudo, que o gasto seja declarado ao TSE e que não seja pago por uma empresa.

Esse impulsionamento por meio de pagamento à própria plataforma é diferente de uma agência ou campanha pagar pessoas para que elas repliquem e multipliquem mensagens favoráveis a um candidato, ou ter bots (sistemas automatizados) que reproduzem conteúdo negativo a um candidato, ou favorável a outro.

Diferentemente da primeira prática, que é transparente (os posts aparecem com aviso de “patrocinado” para os usuários), a segunda manobra busca simular uma disseminação orgânica do material e dissipar rastros financeiros.

Além disso, a lei eleitoral proíbe o uso de bots e a utilização de listas de telefones compradas de terceiros para envio de mensagens de WhatsApp. Veda, também, que empresas façam os gastos em favor de candidatos — mesmo que os candidatos não tenham necessariamente conhecimento de sua ação — e exige que esses gastos, que só podem vir de pessoas físicas ou da campanha, sejam declarados ao TSE.

Segundo especialistas, para ajudar as autoridades a esclarecer o uso de suas plataformas durante a campanha eleitoral, as gigantes da internet precisam dizer quais foram os valores gastos em impulsionamento de conteúdo no Twitter, Instagram e Facebook que levava o usuário a um conteúdo referente a Jair Bolsonaro. Não os gastos do candidato e sua campanha, mas compras de impulsionamentos por pessoas ou empresas para promover conteúdo que beneficiava Bolsonaro.

Outra maneira de o Facebook revelar isso — e, segundo especialistas, a plataforma tem instrumentos para tanto, já que mede a efetividade de seus posts pagos — é revelar a quantidade de visualizações e interações (cliques, curtidas e comentários) que foram recebidos por meio de impulsionamento pago no Facebook e Instagram relacionados a Jair Bolsonaro e a seu adversário na eleição, Fernando Haddad (PT).

Já no caso do WhatsApp, afirmam especialistas, o TSE não fez as perguntas que mostrariam qual foi o uso da plataforma na eleição.

Ao contrário do Facebook, no WhatsApp, que pertence à mesma empresa, não existem impulsionamentos pagos, as mensagens são todas gratuitas. Portanto, não adianta perguntar se houve contratação de impulsionamento.

 

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https://www.osul.com.br/twitter-facebook-e-whatsapp-nao-responderam-as-principais-perguntas-sobre-as-eleicoes/ Twitter, Facebook e WhatsApp não responderam as principais perguntas sobre as eleições 2018-11-13
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