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Brasil A Anvisa apura denúncias de frascos com doses a menos de vacina contra o coronavírus

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Instituto já disponibilizou este ano 46,112 milhões de doses. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está apurando a suspeita de que lotes da vacina contra a covid-19 CoronaVac tenham sido entregues entre março e abril com quantidade inferior à informada. Quase a totalidade das denúncias se refere ao imunizante fornecido pelo Instituto Butantan, mas também há relatos envolvendo o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca.

A situação foi relatada por governos, prefeituras e conselhos de secretarias de Saúde de ao menos 15 Estados e do Distrito Federal. Ela também é investigada pelo Ministério Público do Paraná, embora o Instituto Butantan negue falhas no envasamento da vacina e atribua o problema à extração incorreta do conteúdo antes da aplicação.

Os relatos são de frascos com menos do que as 10 doses previstas, de 0,5 ml cada. Alguns municípios chegaram a informar ter recebido ampolas com material suficiente para apenas sete aplicações, o que gerou até mesmo a suspensão parcial de campanhas de vacinação.

Os possíveis motivos apontados por Estados são a autorização do uso de ampolas de 5,7 ml, em vez das de 6,2 ml, em março, diminuindo a quantia excedente de “segurança”, e a dificuldade de acesso a seringas de “alta performance”, a fim de reduzir as perdas.

Em nota, a Anvisa apontou ter observado um “aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas”, o que está sendo investigado “com prioridade” pela área de fiscalização. Também disse que “todas as hipóteses estão sendo avaliadas” e que a situação é considerada de “baixo risco”, “por não haver risco de óbito, de causar agravo permanente e nem temporário”.

Na Bahia, por exemplo, o governo diz ter recebido 96 reclamações do tipo desde 19 de março, de 31 cidades. Do total, 84 foram referentes à Coronavac e as demais, à vacina criada pela Universidade de Oxford com a Astrazeneca – que afirma oferecer em cada frasco o chamado ‘overfill’. Entre os municípios, estão Salvador, Governador Mangabeira, Serrinha e Caetanos. Antes da data, o Estado havia sido notificado apenas duas outras vezes.

O Maranhão e o Rio Grande do Sul assentiram ter constatado o problema em alguns frascos de um lote recente da CoronaVac. Entre os municípios gaúchos, está Imbé, no litoral, que calcula ter recebido 197 doses a menos do que o prometido.

Há relatos também na Grande Porto Alegre. Em São Leopoldo, por exemplo, a situação foi identificada em dois lotes, recebidos em 17 e 22 de março, cujos frascos permitiam a vacinação de oito pessoas, em média. “O que gerou uma defasagem de 1.986 doses em relação ao quantitativo informado”, destacou.

A situação se repete no Distrito Federal. “Em relação a todas as vacinas que têm chegado, principalmente de CoronaVac, isso foi muito bem observado por todos os nossos vacinadores, é que, em determinados frascos, na sua grande maioria, temos conseguido apenas nove doses”, declarou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

Em São Paulo, a situação também é relatada por municípios da Região Metropolitana, como São Bernardo do Campo, e do interior, como Caraguatatuba. Em Ilhabela, o prefeito chegou a divulgar ter registrado um boletim de ocorrência por causa da situação. Segundo o município, oito frascos recebidos estavam com oito ou nove doses.

Em nota, o Ministério da Saúde apenas reiterou orientar o registro no “formulário técnico quando não for possível aspirar o total de doses declaradas nos rótulos das vacinas”. “A análise dessas ocorrências será conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, completou.

Além disso, uma nota técnica da pasta de fevereiro aponta que os frascos das vacinas produzidas tanto pelo Butantan quanto pela Fiocruz devem ter cerca de 5 ml, com recomendação de que cheguem a 5,3 ml, para ter uma margem de segurança e garantir a aplicação de 10 doses de 0,5 ml. “A mistura de vacina de frascos-ampola diferentes para completar uma dose é rigorosamente contra indicado, uma vez que as vacinas estão sujeitas à contaminação”, destaca.

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https://www.osul.com.br/a-anvisa-apura-denuncias-de-frascos-com-doses-a-menos-de-vacina-contra-o-coronavirus/ A Anvisa apura denúncias de frascos com doses a menos de vacina contra o coronavírus 2021-04-15
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