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Porto Alegre A Brigada Militar vai expulsar o PM temporário investigado por morte no supermercado Carrefour

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Assassinato de João Alberto completou duas semanas nesta quinta-feira. (Foto: Reprodução)

A BM (Brigada Militar) já encaminha o processo de expulsão do policial temporário Giovane Gaspar da Silva, 24 anos, um dos investigados pelo espancamento que resultou na morte de João Alberto Silveira Freitas no supermercado Carrefour da Zona Norte de Porto Alegre, na noite de 19 de novembro. Alvo de processo administrativo disciplinar, ele já foi notificado da decisão e tem até a próxima quinta-feira (3) para recorrer.

Giovane estava de folga quando participou do incidente, junto com um colega do setor de segurança do estabelecimento. Ambos estão presos desde o dia do crime. Segundo a BM, esses passos do processo demissionário que não podem ser atropelados, a fim de garantir o atendimento às exigências legais de ampla defesa.

Já a Polícia Civil obteve autorização para prorrogar por 15 dias o inquérito, que deveria ser concluído nesta sexta-feira. O processo investiga o assassinato de João Alberto, 40 anos, que era negro e foi espancado e asfixiado pelos dois seguranças após um desentendimento cuja motivação e outros aspectos ainda estão sendo apurados pela corporação.

Até o momento, três pessoas já foram presas. São elas Giovane e seu colega Magno Braz Borges, 30 anos, que tiveram as suas prisões temporárias convertidas em preventivas, além da fiscal Adriana Alves Dutra, presa temporariamente desde a última terça-feira (24), cinco dias após o incidente.

Em vídeos gravados por testemunhas do episódio, a mulher aparece ao lado dos dois seguranças enquanto ocorria a agressão ao cliente, sem intervir para que o ataque fosse interrompido – ela também teria tentado intimidar uma das pessoas que registrava imagens do incidente. O seu celular foi apreendido e está sendo analisado.

“Estamos trabalhando com as imagens do dia do fato, porém para confirmar afirmações feitas em depoimentos de testemunhas, nós estamos retroagindo nos dias, a fim de verificar se em outros dias encontramos ocasiões similares aquelas ocorridas no dia 19”, ressaltou o delegado Eibert Moreira.

Prorrogação

O prazo de investigação se encerraria nesta sexta-feira (27), mas ainda faltam laudos periciais, testemunhas a serem ouvidas e dúvidas sobre o que teria motivado o início do conflito. O Ministério Público já acatou o pedido para o adiamento de entrega do inquérito.

A Justiça do Estado aceitou o pedido da polícia para prorrogar a investigação, que terá mais 15 dias para ser concluída. Um novo interrogatório de Giovani estava marcado para esta sexta-feira (27). O advogado do acusado disse que o policial temporário tem interesse em colaborar com a investigação.

Já Magno deve permanecer em silêncio. Os dois agressores haviam sido interrogados quando foram presos em flagrante, mas, na ocasião, não quiseram se manifestar sobre o caso.

“O que é importante dizer e salientar é que a Polícia Civil verifica os testemunhos de todos, principalmente em relação ao tratamento usado com os clientes e dos clientes para com os funcionários, porque esta é a nossa missão. Nós temos que ser imparciais, no sentido de não dar privilégios a uma ou outra parte”, disse a delegada Roberta Bertoldo.

Ministério Público

A BM também emitiu nota nesta sexta-feira informando que está à disposição para colaborar com o MPE (Ministério Público Estadual) e para prestar as informações solicitadas. A entidade acionou a corporação sobre o caso e sobre a fiscalização da empresa de segurança na qual trabalhavam os investigados.

De acordo com a Brigada Militar, o GSVG (Grupamento de Supervisão de Vigilâncias e Guardas) licencia e fiscaliza empresas de segurança privada desarmada, incluindo: portaria, zeladoria, vigia, monitoramento, comércio e instalação de sistemas eletrônicos de segurança.

A fiscalização da empresa que era responsável pela segurança da unidade Carrefour na ocasião do crime que resultou na morte de João Alberto Silveira Freitas, no entanto, é de competência da Polícia Federal, segundo a corporação.

(Marcello Campos)

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