Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2020
A campanha do presidente americano, Donald Trump, desistiu de dar sequência a um processo que contestava o uso de máquinas para receber cédulas entregues pessoalmente por eleitores no condado de Maricopa, o maior do Arizona.
A decisão foi tomada após a descoberta de que apenas 191 votos foram afetados pelo problema. Ao pedir o arquivamento do processo nesta sexta-feira, a campanha, que havia afirmado que vários eleitores republicanos tiveram suas cédulas invalidadas, disse que o resultado dos votos em todo Estado tornou “desnecessária” uma decisão judicial sobre o caso, segundo a emissora CNBC.
Veículos da imprensa americana projetaram que Joe Biden é o vencedor das eleições presidenciais no Arizona e também na Geórgia.
O porta-voz da campanha de Trump, Tim Murtaugh, afirmou que o pedido para arquivar esse processo não significa que o presidente desistiu de lutar para reverter os resultados. “Continuaremos explorando as opções do presidente Trump no Arizona”, disse.
“Mais segura da história”
A eleição presidencial dos Estados Unidos de 2020 foi “a mais segura da história americana”, segundo um comunicado oficial divulgado na quinta-feira (12) por altos funcionários da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura. O órgão é ligado ao Departamento de Segurança Interna, que integra o próprio governo dos EUA.
“A eleição de 3 de novembro foi a mais segura na história americana. Neste momento, por todo o país, autoridades eleitorais estão revisando e verificando todo o processo das eleições antes de finalizar o resultado”, diz o comunicado.
O comunicado contradiz as alegações do presidente Donald Trump, candidato republicano que não aceita a derrota na tentativa da reeleição e insiste que houve fraude no país. O democrata Joe Biden foi declarado vencedor da disputa segundo projeções de institutos que trabalham nas eleições americanas há décadas.
Ainda de acordo com o documento, “não há evidências de que qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, alterou votos ou foi de alguma forma comprometido”, contrariando o que diz Trump.
“Embora saibamos que há muitas reclamações infundadas e oportunidades de desinformação sobre o processo de nossas eleições, podemos garantir que temos a maior confiança na segurança e integridade de nossas eleições, e você também deve ter”, acrescentaram os funcionários em sua declaração.
“Quando você tiver dúvidas, recorra aos funcionários eleitorais como vozes confiáveis ao administrar as eleições”, escreveram.
Os funcionários que assinam o comunicado formam o Conselho de Coordenação Governamental de Infraestrutura Eleitoral, um grupo de administradores eleitorais e agências federais responsáveis por supervisionar a segurança eleitoral nos Estados Unidos.
Na semana passada, antes mesmo de as projeções darem vitória a Biden, a Organização dos Estados Americanos (OEA) — que monitora processos eleitorais em todo o continente — já havia afirmado que a eleição americana ocorreu sem maiores irregularidades.