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Economia A China aposta em reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão para melhorar as relações com o Brasil

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Um dia após defender a reforma política, vice-presidente Mourão afirma que o Brasil precisa também de uma reforma tributária. (Foto: Romério Cunha/VPR)

A China e o Brasil acertaram para 23 de maio, em Pequim, a reativação da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação), a maior instância permanente de diálogo e cooperação bilateral. A expectativa em Pequim é de os países voltarem à normalidade na relação bilateral, a despeito de declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro sobre a presença chinesa no Brasil. A Cosban, que não se reúne desde 2015, é copresidida pelos vice-presidentes – do lado brasileiro vai Hamilton Mourão e Wang Qishan, ex-czar da luta anticorrupção, será o representante de Pequim.

A realização da Cosban é vista como simbolicamente como uma espécie de “selo de qualidade” na relação bilateral. É isso que abre as portas para em seguida aparecerem resultados.

Wang, ao participar do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), em janeiro, deixou clara a visão chinesa sobre os negócios com o resto do mundo: “O plano chinês é expandir as oportunidades econômicas e não perder tempo com retórica sem fim”.

“O que precisamos fazer é tornar a torta maior enquanto procuramos formas de compartilhá-la de maneira mais equitativa”, acrescentou. “A última coisa que devemos fazer é parar de fazer a torta e apenas participar de um debate fútil sobre como dividi-la.”

A Cosban tem 12 subcomissões temáticas, como comércio e finanças, para promover a implementação dos compromissos firmados pelos países. Na Cosban de 2014, com a participação do então vice-presidente Michel Temer, em Cantão, os chineses prometeram comprar mais soja e mais milho brasileiros.

Agora, a reunião ocorrerá provavelmente depois de um acordo da China com os EUA, pelo qual os americanos poderão obter melhor acesso para vários de seus produtos que concorrem com os brasileiros.

Há “nuvens pesadas” sobre o frango brasileiro, por exemplo. O produto brasileiro está submetido a um acordo de preço mais elevado que vai durar cinco anos. Os americanos poderão ocupar o mercado, dependendo do acerto final com os chineses. Além disso, a Rússia anunciou que planeja exportar frango para a China. E na sua recente visita à França o presidente Xi Jinping suspendeu uma barreira fitossanitária que abrirá o caminho para o frango francês, o mais competitivo da Europa, entrar no mercado chinês.

A ida de Mourão a Pequim será antecedida de uma visita da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. No dia 13 ela vai a Xangai e depois passa por Pequim. Uma missão chinesa que foi recentemente ao Brasil para habilitar frigoríficos encontrou problemas sanitários, e o País precisará responder a uma série de questões colocadas por Pequim.

Os chineses trabalham também na expectativa da visita de Bolsonaro. Não tem nada fixado nem preparativos em andamento, mas o presidente reiterou na sexta-feira que visitará a China ainda neste ano. Por sua vez, Xi Jinping já confirmou sua presença na cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em novembro em Brasília.

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