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Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2018
O ICOM (Índice de Confiança do Comércio) subiu 3,8 pontos em outubro, ao passar de 88,7 para 92,5 pontos, o maior valor desde maio de 2018 (92,6). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,2 ponto depois de cinco quedas consecutivas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
“Com a alta da confiança do comércio em outubro, o indicador retorna ao nível anterior ao da greve dos caminhoneiros, sugerindo que o pior momento do setor começa a ficar para trás. A recuperação nos índices que medem a situação atual e as expectativas reforçam o otimismo em relação a uma retomada das vendas. Apesar do bom resultado no mês, a continuidade e intensidade da recuperação do comércio ainda estão sujeitas a melhores resultados do mercado de trabalho e redução dos níveis de incerteza”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV.
A alta da confiança em outubro ocorreu em 11 dos 13 segmentos e foi influenciada tanto pela melhora da percepção dos empresários com relação à situação atual quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. Após cinco meses consecutivos sem resultados positivo, o ISA-COM (Índice de Situação Atual) subiu 2,5 pontos, para 88,2 pontos. Já o IE-COM (Índice de Expectativas) registrou alta de 4,9 pontos, para 97,1 pontos, maior valor desde abril de 2018 (99,4 pontos).
Confiança de Duráveis e Não Duráveis
A primeira alta em cinco meses do ICOM em médias móveis trimestrais teve influência direta da melhora dos segmentos ligados à revenda de bens duráveis. Após acumular quedas entre maio e agosto, o ICOM de Duráveis avança pelo segundo mês consecutivo em médias móveis trimestrais.
O resultado, no entanto, ainda se mantém 4,3 pontos abaixo do nível de maio (104,5), período anterior à greve dos caminhoneiros. Enquanto isso, o ICOM de Não Duráveis, que tinha apresentado ligeira recuperação em setembro, voltou a cair em outubro.
Inflação
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) aumentou em quatro das sete capitais pesquisadas, entre elas Porto Alegre, na terceira semana de outubro, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (24) pela FGV.
Na Capital gaúcha, a inflação para o consumidor registrou variação de 0,62% no período. O resultado foi 0,14 ponto percentual superior ao divulgado na segunda semana de outubro. Nesta edição, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Educação, Leitura e Recreação e Alimentação, cujas taxas passaram de 0,97% para 1,67% e de 0,19% para 0,68%, respectivamente.
O IPC-S também subiu em Belo Horizonte (de 0,20% para 0,30%), Recife (de 0,34% para 0,44%) e São Paulo (de 0,65% para 0,67%). Já os decréscimos foram verificados em Salvador (de 0,77% para 0,57%), Brasília (de 0,92% para 0,88%) e Rio de Janeiro (de 0,28% para 0,26%).