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Armando Burd A divisão do bolo

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Os paulistas vão lembrar, amanhã, os 85 anos da Revolução Constitucionalista. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha distribuirá 1 bilhão e 700 milhões de reais. Dinheiro que sairá do Ministério da Fazenda.

Ao MDB nacional caberão 234 milhões de reais, dos quais 30 por cento estarão reservados às campanhas de mulheres. O critério prevê 2 milhões para cada um dos que concorrerão ao Senado e 1 milhão e 500 mil aos atuais deputados federais que buscarão a reeleição. Para os deputados estaduais, o cálculo será concluído até terça-feira.

Para a candidatura de José Sartori, ficarão disponíveis 2 milhões e 800 mil. Em 2014, o MDB declarou à Justiça ter gasto 10 milhões para eleger o governador.

Desinteresse

Os partidos têm conseguido convencer poucos novatos para concorrerem à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas. Um dos motivos é a falta de dinheiro para cobrir as despesas. A outra, a frequência de parlamentares no noticiário policial. Acreditam que, mesmo sem cometer irregularidades, o risco de acusações existe e cada vez mais.

Questão de tempo

A ocorrência corriqueira do caixa 2 levou à mudança da legislação. De 60 dias as campanhas caíram para 45. Com menos tempo para se tornarem conhecidos, a chance dos novos diminui. A previsão é de pouca renovação na Câmara e nas Assembleias.

No balanço das candidaturas

A direção nacional do PSB se divide entre apoiar Ciro Gomes ou seguir a trilha da neutralidade na eleição presidencial. O MDB no Estado, ao qual os socialistas se aliaram, vai se dividir entre Henrique Meirelles e Marina Silva. Não negará a Ciro uma brecha no palanque.

Últimas cartadas

Antes das eleições, haverá duas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central: a 1º de agosto e a 18 de setembro. A tendência é de manutenção da taxa de juros de 6,5% ao ano. Porém, nunca se pode descartar a queda de 0,25% por conta do famoso efeito urna.

Abandono

Nos primeiros dias de março de 1985, quando limpava as gavetas para passar o poder, o presidente João Figueiredo informou aos repórteres ter enviado mensagem a Tancredo Neves: “Fique atento às estatais, pois perdi a luta para elas. Jamais cumpriram o que eu e os meus ministros ordenamos. Fomos derrotados”. 

Tancredo não assumiu e José Sarney desconsiderou a recomendação. Os que vieram depois seguiram a mesma linha, deixando o barco das estatais naufragar em sucessivos déficits.

Contra o poder central

Os paulistas vão lembrar amanhã a Revolução Constitucionalista de 1932. A 23 de maio daquele ano, por ocasião da visita de um ministro do governo Vargas, estudantes de São Paulo espalharam no Centro milhares de panfletos e realizaram manifestação. Foi violentamente reprimida e nos choques houve mortos. Exigiam a Constituinte prometida por Getúlio Vargas quando chegou ao poder, dois anos antes.

Cenário sangrento

A 9 de julho, irrompeu o movimento armado com o alistamento voluntário da população que se somou às tropas da Força Pública e de unidades do Exército. Os confrontos se estenderam por quatro meses. Os arquivos registram 2 mil mortos entre os revolucionários, mais 1 mil do Exército. A Força Pública nunca divulgou suas perdas.

A seguinte foi pior

Em 1933, sob acusações de fraudes, foi eleita a Assembleia Nacional. A Constituição foi assinada 16 de julho de 1934. Vigorou por três anos. Em 1937, surgiu outra, extremamente autoritária e que concedia ao governo poderes ilimitados. Começou por fechar os Legislativos e manietar o Judiciário. Impôs censura à Imprensa e perseguiu adversários políticos.

Bola no centro do campo

A copa, agora, será das Urnas. Os candidatos terão de derrotar o desalento dos eleitores.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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