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Karina Garcia A drenagem linfática no tratamento contra o câncer de mama

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Atualmente, a drenagem linfática manual é indicada para uma série de transtornos, sendo especialmente útil nos casos de linfedema, que representa uma falha na drenagem linfática de determinada região da pele, levando ao acúmulo de líquido intersticial. A etiologia do linfedema é variável, portanto, a dissecção e a terapia radioterápica são os fatores predisponentes mais importantes.

Segundo estudos realizados, os usos de dispositivos de compressão podem reduzir ou controlar linfedema e, a utilização de bandagens pode representar a compressão ideal em muitos casos, apesar de seus inconvenientes como a dificuldade e especificidade da aplicação, possibilidade de constrição com consequente edema, e finalmente, incômodo durante a realização das atividades diárias. Por conta disso, esse estudo teve como objetivo realizar uma revisão das abordagens terapêuticas no campo da oncologia no tratamento de câncer de mama, e especificamente como a fisioterapia é utilizada para redução de edema pós mastectomia (consiste na retirada cirúrgica de toda a mama), com foco na drenagem linfática manual.

Dentre os protocolos fisioterapêuticos para tratamento de linfedema estão a terapia física complexa que incluem, enfaixamento compressivo funcional, cinesioterapia, uso de braçadeira elástica, orientações ao autocuidado e auto massagem e a drenagem linfática.

A drenagem linfática manual é um método de massagem altamente especializado, realizado com pressões ideais e intermitentes de distal para proximal que gera um relaxamento muscular e segue o trajeto do sistema linfático. A técnica tem como objetivo melhorar a circulação linfática a eliminação residual a diminuição de edemas entre outros, sendo bastante realizadas em pacientes que desenvolvem linfedema após a mastectomia devido ao esvaziamento axilar que é feito cirurgicamente.

Em um estudo realizado, a drenagem linfática manual se mostrou eficaz no tratamento das complicações no pós-operatório de mastectomia, resultando em redução do linfedema, melhora da sensibilidade e amplitude de movimento, diminuição de aderência cicatricial, proporcionando melhora na qualidade de vida das pacientes. As técnicas fisioterapêuticas incluindo a drenagem linfática manual no pré e pós – operatório do câncer de mama contribui de forma positiva na prevenção e redução do linfedema resultando em melhora da amplitude de movimento do membro superior homolateral a cirurgia, alívio da dor, diminuição da sensação de peso e parestesia.

O método mais indicado para reduzir o linfedema, segundo a Sociedade Internacional de Linfologia é a terapia descongestiva linfática, a qual apresenta a drenagem linfática manual como um dos seus principais componentes, com intuito de direcionar o edema para as vias que se mantém íntegras após as incisões cirúrgicas, podendo então, serem reabsorvidos.

Um dos tratamentos mais indicados para linfedema é a drenagem linfática manual que consiste em uma manobra especializada que direciona o líquido, ou seja, o edema para os centros de drenagem, promovendo diferentes pressões para o deslocamento do líquido e assim reduzindo a pressão no vaso para sua recolocação na corrente sanguínea (TRAMONTIN, 2009). Através das pressões mecânicas ocasionadas pelas manobras de drenagem linfática, ocorre a eliminação do excesso de líquido, que interfere diretamente na diminuição da probabilidade de fibrose, eliminando o líquido do meio tissular para os vasos linfáticos e venosos, mantendo o equilíbrio das pressões tissulares e hidrostáticas (GUIRRO, GUIRRO, 2002)

No presente estudo constatou-se a importância das pós-cirurgias que são utilizadas com objetivo de retirar as células cancerígenas do local para obter o controle da doença. Estes procedimentos visam definir o estadiamento tumor, conduzir a paciente para tratamento sistêmico, evitar a metástase e aumentar a sobrevida da paciente, proporcionando a melhora morfológica e funcional do membro afetado, através da drenagem linfática manual nos tratamentos de linfedema pós-mastectomia contribuindo de forma positiva na prevenção e no tratamento, e mostrou-se eficaz na diminuição de seu volume, peso e melhora da estética, além da facilitação funcional na realização das atividades manuais.

Nos últimos 20 anos, o tratamento do linfedema vem se tornando cada vez menos invasivo, uma vez que resultados terapêuticos são muito satisfatório, com repercussões psicossociais positivas na vida das pacientes, podendo se associar a outras técnicas como terapia física complexa que mostrou-se muito eficaz obteve ótimos resultados.

Karina Garcia – fisioterapeuta

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