Terça-feira, 28 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2018
O IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,13%, 0,06 ponto percentual acima da taxa registrada na última divulgação e avançou na primeira semana de setembro. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,06% para 0,18%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -6,94% para -5,17%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,45%), Transportes (-0,35% para -0,23%), Vestuário (-0,47% para -0,35%) e Despesas Diversas (0,68% para 0,75%).
Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (1,18% para 18,80%), gasolina (-1,31% para -0,95%), roupas (-0,60% para -0,41%) e alimentos para animais domésticos (-2,92% para -1,30%).
Em contrapartida, apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,28%), Comunicação (-0,13% para -0,25%) e Habitação (0,25% para 0,23%). Nestas classes de despesa vale citar os itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,13% para -0,16%), mensalidade para TV por assinatura (1,42% para 0,08%) e taxa de água e esgoto residencial (1,60% para 1,27%).
PIB
As expectativas para o crescimento da economia brasileira neste ano foram reduzidas ainda mais na pesquisa Focus do BC (Banco Central) divulgada nesta segunda-feira diante do ritmo lento da atividade, bem como a conta para a inflação.
O levantamento realizado semanalmente com uma centena de economistas mostrou que a projeção agora é de uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018 de 1,40%, redução de 0,04 ponto percentual sobre a semana anterior. Para 2019, a conta permanece em 2,5%.
A redução acontece mais uma vez na esteira da expectativa de uma produção industrial mais fraca neste ano, com o crescimento do setor projetado agora em 2,26%, de 2,43% antes. A atividade econômica vem crescendo muito lentamente, tendo avançado apenas a uma taxa de 0,2% no segundo trimestre sobre o período anterior, em meio às incertezas às vésperas da eleição presidencial de outubro.
Na pesquisa do BC, o número para a inflação em 2018 foi reduzido pela segunda semana seguida, com a estimativa para a alta do IPCA a 4,05% de 4,16%, mas para o ano que vem seguiu em 4,11%. O centro da meta oficial do governo para 2018 é de 4,5% e, para 2019, de 4,25%, sendo que para ambos os anos há margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Permaneceram inalteradas as contas para a taxa básica de juros, com a Selic estimada a 6,5% no final deste ano e a 8% em 2019. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também continua vendo os juros a 6,5% em 2018, mas reduziu a previsão para a taxa em 2019 de 7,75% a 7,63% na mediana das estimativas.