Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2017
Más notícias para os fãs de exploração espacial: o tão esperado lançamento do Telescópio Espacial James Webb foi adiado mais uma vez. Originalmente programado para entrar em órbita em outubro de 2018, o telescópio só deve ser lançado entre março e junho de 2019, segundo a Nasa.
O motivo para o atraso? Felizmente, não é por culpa de algum problema no funcionamento do aparelho. A causa disso estaria na “integração de vários elementos da aeronave”, o que fez com que todo o processo demorasse mais do que o esperado – o que não é exatamente surpresa, considerando que este promete ser o mais poderoso telescópio espacial já feito.
“A aeronave Webb e seu escudo solar são maiores e mais complexos do que a maioria das espaçonaves. A combinação de algumas atividades demorando mais do que planejado inicialmente, como a instalação de mais de 100 dispositivos de liberação de membrana de escudo solar, levando em conta lições aprendidas de testes anteriores, como maiores espaços de tempo para o teste de vibração, significaram que a integração e processo de teste está apenas demorando mais”, explicou Eric Smith, diretor do programa, no anúncio da Nasa.
Embora a espera extra seja uma má notícia, ao menos o órgão garante que isso não vai afetar as observações planejadas para o telescópio. Então é só uma questão de ter mais um bocado de paciência.
Curiosidades
O L2 do sistema formado por Terra e Sol está a 1,5 milhões de quilômetros da Terra. Isso é muito, muito mais que os meros 600 quilômetros que separam o Hubble de nós. Por isso, ao contrário de seu antecessor, o James Webb não poderá passar por manutenção. Hoje, não há nenhum veículo tripulado capaz de percorrer essa distância e voltar em segurança.
O Webb jamais poderia ficar na Terra, pois nossa atmosfera filtra a maior parte da radiação infravermelha que é valiosa para suas observações. No espaço, ele será capaz de alguns truques inéditos, como separar a radiação emitida por uma estrela anfitriã da radiação bem mais fraca emitida por seus possíveis exoplanetas. Ele também será capaz de estudar o universo quando tinha apenas 2% de sua idade atual.
O nome escolhido para o sucessor do Hubble é uma homenagem ao segundo administrador da Nasa – e, nesse caso, “administrador” é o chefão da agência. James E. Webb comandou a Nasa entre 1961 e 1968, ou seja, foi ele o responsável pelo programa Apollo, que culminou com o “pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”.