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Mundo A Organização Mundial da Saúde alerta que a volta às aulas só pode ocorrer com o rastreamento de contatos

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A vacina é a sexta a receber essa aprovação pela entidade. (Foto: Reprodução)

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou nesta quarta-feira (19), que é necessário implementar uma política de rastreamento e isolamento de infectados pela Covid-19 e pessoas que estiveram em contato com esses para o retorno ao ensino presencial e a outras atividades.

“Se queremos a volta às escolas, se queremos que as sociedades voltem ao normal, precisamos pôr um foco maior em identificar e testar casos suspeitos, identificar todos que tiveram contato com esse caso e pedir que se isolem em quarentena por 14 dias”, afirmou durante live para responder dúvidas do público.

O diretor acrescentou que o bom funcionamento dessas medidas é um pilar central para o controle da transmissão do novo coronavírus e que, mundialmente, esse sistema não tem recebido comprometimento e investimentos suficientes dos governos.

Paralelamente a isso, segundo ele, a falta de colaboração de parte dos cidadãos em agir de acordo com as recomendações causa aumento na taxa de infecção da doença. “Vigilância ruim e rastreamento de contatos mal feito junto com participação imperfeita da comunidade na redução de riscos é uma mistura muito, muito perigosa”, disse Ryan.

Menos de 10%

A líder técnica do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que menos de 10% da população mundial mostra ter desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“Não quero generalizar demais, mas o que sabemos dos resultados disponíveis até agora é que menos de 10% da população mostra ter anticorpos para o Sars-CoV-2”, disse van Kerkhove.

A líder técnica explicou que esse número varia conforme a população estudada – por exemplo, pode ser maior entre profissionais de saúde ou em locais onde há alta circulação do vírus –, podendo chegar a 20% ou 25%.

“Isso significa que uma grande parte da população permanece suscetível”, frisou van Kerkhove.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, reforçou que o mundo ainda está longe da imunidade de rebanho. O conceito normalmente é aplicado quando se fala nas taxas de vacinação necessárias para que uma determinada doença pare de circular em uma população, mesmo que nem todos estejam vacinados (no caso do sarampo, por exemplo, essa taxa é de 95%).

“Nós não sabemos onde está o nível de imunidade na população que, por si mesma, suprime a transmissão do vírus. Mas não há dúvidas, na minha cabeça, que estamos a um longo caminho disso”, afirmou Ryan.

Ryan e a líder técnica Maria van Kerkhove também frisaram que ainda não se sabe por quanto tempo as pessoas que já foram infectadas com o Sars-CoV-2 ficam imunes a ele. Além disso, o papel exato da imunidade celular no combate à Covid-19 também é desconhecido.

“Ainda há muito para ser discutido entre os cientistas, mas agora, enquanto planeta, não estamos nem um pouco perto dos níveis de imunidade necessários para parar de transmitir essa doença”, reforçou Ryan.

“Precisamos nos concentrar no que realmente podemos fazer para parar a transmissão, e não viver na esperança de que a imunidade de rebanho será a solução. Neste momento, não é uma solução, e não é uma que devemos buscar para a nossa salvação”, disse o diretor de emergências.

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https://www.osul.com.br/a-organizacao-mundial-da-saude-alerta-que-a-volta-as-aulas-so-pode-ocorrer-com-o-rastreamento-de-contatos/ A Organização Mundial da Saúde alerta que a volta às aulas só pode ocorrer com o rastreamento de contatos 2020-08-19
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