Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2016
A partir de hoje, boa parte da população argentina começa a perder o enorme subsídio de suas contas de luz e gás, que, junto com transporte, consome em torno de 36% do gasto público. O corte de subsídios, um dos ajustes mais aguardados com a mudança de governo no país, começa pela energia elétrica, que subirá até 350% em fevereiro. Mas o impacto na inflação tende a ser gradativamente diluído.
A resolução do Ministério de Minas e Energia fixou novos preços para as concessionárias que operam em Buenos Aires e nas cidades do entorno, onde moram 40% dos argentinos e onde se concentrou o congelamento de tarifas durante o governo kirchnerista. O presidente Mauricio Macri não escondeu, durante sua campanha, o plano de eliminar os subsídios para as classes com maior poder aquisitivo e manter uma tarifa social para os mais pobres.
O impacto na inflação depende do repasse a ser anunciado pelas concessionárias. Mas, para analistas, a pressão inflacionária será diluída porque o consumidor cortará outros gastos.
No caso da indústria, segundo o economista Aldo Abram, da Libertad & Progreso, as empresas já foram compensadas com a desvalorização do peso, em mais de 30%, umas das primeiras medidas do novo governo. “A indústria era muito mais prejudicada pela defasagem cambial do que pelo que terá que pagar agora em energia”, explicou . (Folhapress)