Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Um empresário gaúcho do ramo de transportes foi preso pela Polícia Federal em Xangri-Lá por ameaçar caminhoneiros

Compartilhe esta notícia:

A ação foi deflagrada contra a prática de locaute no Estado. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31), com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da BM (Brigada Militar), a Operação Unlocked com o objetivo de reprimir a prática de locaute em rodovias estaduais e federais do Rio Grande do Sul. Um empresário foi preso durante a ação.

Cerca de 60 agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão nos municípios de Vale Real, no Vale do Rio Caí, e em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, e um de prisão temporária em um condomínio de luxo em Xangri-Lá, no Litoral Norte.

De acordo com a PF, o inquérito foi instaurado na quarta-feira (30), a partir de denúncias recebidas e da análise de informações. A investigação apontou que o administrador de uma grande transportadora estaria ameaçando caminhoneiros para que eles não realizassem o transporte de cargas no Estado, além de obrigar motoristas a desembarcarem dos seus caminhões e abandonarem os veículos em postos de combustíveis em estradas. A atuação criminosa teria ocorrido nas rodovias ERS-122, ERS-452 e BR-116, na região dos municípios de Bom Princípio, Feliz e Vila Cristina.

Durante a operação, foram apreendidos documentos e um revólver calibre 38. O nome do empresário preso e da transportadora não foram divulgados. Os crimes investigados na operação da PF são atentado contra a liberdade de trabalho e associação criminosa.

Locaute

Locaute (termo originado a partir da palavra em inglês lock out) é o que acontece quando os patrões de um determinado setor se recusam a ceder aos trabalhadores os instrumentos para que eles desenvolvam seu trabalho, impedindo-os de exercer a atividade. Ou seja, agindo em razão dos próprios interesses, e não das reivindicações dos trabalhadores.

A legislação impede a prática. O artigo 17 da lei 7.783 diz: “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout)”.

O locaute se difere da greve, amparada pela lei. O artigo 9 da Constituição diz que “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

A Constituição Federal afirma ainda, nos parágrafos 1º e 2º, que “a lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade” e que “os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei”.

O advogado João Tancredo, professor de Direito do Trabalho da pós-graduação na Universidade Cândido Mendes, diz que o locaute ocorre “com base em princípios das empresas, interesses meramente econômicos e delas, e não no que se refere aos trabalhadores”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Chuva forte e temporais causam transtornos em Porto Alegre e no interior do Estado
O governo federal decidiu cancelar gastos públicos e cortar benefícios a exportadores para viabilizar a queda no preço do diesel
https://www.osul.com.br/a-policia-federal-prendeu-um-empresario-suspeito-de-ameacar-caminhoneiros-para-nao-realizarem-o-transporte-de-cargas-no-rio-grande-do-sul/ Um empresário gaúcho do ramo de transportes foi preso pela Polícia Federal em Xangri-Lá por ameaçar caminhoneiros 2018-05-31
Deixe seu comentário
Pode te interessar