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Brasil A própria equipe de Bolsonaro criticou o seu ataque à imprensa. Para generais, o eleito precisa entender que agora é “uma instituição”, não mais um candidato

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Por causa das reportagens, o futuro presidente entrou com três ações contra o jornal Folha de S.Paulo. (Foto: Tania Rego/Agência Brasil)

As críticas e ameaças de Jair Bolsonaro (PSL) à imprensa desagradaram integrantes da equipe do presidente eleito. Na segunda (29), ele disse ao Jornal Nacional que vai cortar publicidade de jornais que “espalharem mentiras”. Pegou mal principalmente entre generais. A análise desse grupo é a de que, agora, o presidente eleito precisa entender que é “uma instituição”, não mais um candidato.

Na primeira entrevista que concedeu à Rede Globo após se sagrar vitorioso, o capitão da reserva reiterou a linha de confronto com o jornal Folha de São Paulo, que já havia sido atacado por ele, chamada de “a maior fake news do Brasil” em discurso a seus eleitores.

Na Globo, Bolsonaro foi questionado sobre o compromisso que assumiu em seu discurso de apoio à liberdade de imprensa e os pronunciamentos que tem feito contra a Folha. “O senhor sempre se declara enfaticamente sobre a liberdade de imprensa, mas em alguns momentos da campanha chegou a desejar que um jornal [Folha de S.Paulo] deixasse de existir. Como presidente eleito o senhor vai continuar defendendo a liberdade de imprensa e a liberdade do indivíduo de escolher o que ele quiser ler, ver ou ouvir?”, perguntou o jornalista William Bonner.

O presidente eleito respondeu que “por si só, esse jornal se acabou (…) no que depender de mim, imprensa que se comportar dessa maneira indigna não terá recursos do governo federal”. Ele se referia a uma reportagem da Folha que denunciava o pagamento, com verba de seu gabinete, para uma funcionária que cuidava de sua casa de veraneio em Mambucaba (RJ) e não trabalhava em Brasília, como deveria para ganhar essa verba. Não foi a primeira vez que o capitão ameaçava o jornal com o corte de verba publicitária. Em 24 de outubro ele já havia dito que “a mamata da Folha vai acabar, mas não é com censura não! O dinheiro público que recebem para fazer ativismo político vai secar”.

Flavio Bolsonaro, que acaba de ser eleito senador, também deu sua contribuição para a guerra contra veículos que questionem seu pai. O portal Congresso em Foco publicou um editorial intitulado “Bolsonaro é o pior que pode acontecer”. Em um trecho diz “Se fosse aplicado a Bolsonaro o rigor no cumprimento das leis que ele exige contra os seus adversários e se o sistema judicial brasileiro funcionasse com critérios ideais de eficiência e justiça, acreditamos que o capitão estaria hoje na cadeia, por seus atos e por suas palavras”.

Na sequência, Flavio tuitou que o Congresso em Foco recebia 100.000 reais por mês do governo “para fazer militância esquerdopata” sem dar evidências do fato. A afirmação foi rebatida pelo portal que abriu seus dados para os leitores sobre quanto já havia recebido de verba de governo: 70.000 reais ao longo de 2017. Vale lembrar que Michel Temer não tem viés de esquerda.

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