Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2018
É preciso desmistificar a ideia de que a vasectomia é irreversível para quem deseja ter filhos. Apesar de tornar o homem estéril, o procedimento não é definitivo.
O ginecologista e obstetra creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Matheus Roque, explica que para um casal infértil em que a causa é a vasectomia, existem duas possibilidades para uma gravidez ser bem sucedida: a reversão de vasectomia e as técnicas de reprodução assistida.
Reversão
Homens que desejam a reversão precisam se submeter ao procedimento chamado “vaso-vaso anastomose”. Na prática, o profissional realizar a re-conexão do tubo que transporta os espermatozoides da região testicular até a região das vesículas seminais e próstata. Apesar da possibilidade de sucesso da reversão (homem voltar a ter espermatozoides na ejaculação), pode ocorrer situações do casal não conseguir engravidar.
“Ou seja, antes de ser indicada uma cirurgia de reversão, é importante que seja realizada uma adequada avaliação da parceira deste homem para investigar possíveis causas de infertilidade nesta mulher”, alerta Roque. Isso porque a fertilidade também deve levar em consideração a idade e a reserva ovariana da mulher.
Inseminação Intra-Uterina
Esta técnica de reprodução assistida só é possível quando o homem realiza o congelamento de sêmen antes da realização da vasectomia. O sêmen é descongelado e preparado para ser injetado dentro do útero da mulher. O procedimento é realizado no período ovulatório e está mais próximo de uma gestação natural.
Fertilização In Vitro
É a outra alternativa por meio da reprodução assistida para um homem que tenha realizado a vasectomia e que não tenha indicação ou não queira realizar a reversão, ou mesmo que tenha realizado a reversão mas sem sucesso.
Nestes casos, os espermatozoides são retirados diretamente da região do epidídimo ou do testículo e cada espermatozoide é injetado diretamente dentro do óvulos. A fertilização é realizada em laboratório e o embrião já formado é transferido para o útero da paciente. As taxas de sucesso são superiores à gestação natural e Inseminação Intra-Uterina.