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Armando Burd A reta não é o caminho mais curto entre dois pontos

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Os 60 anos da inauguração de Brasília serão assinalados a 21 de abril. Oportunidade para abrir os arquivos e ver o que custou. (Foto: Reprodução)

A maioria dos governadores e dos prefeitos não entendeu que a liberação de verbas nos ministérios vai além de relatórios técnicos e muita sola de sapato. Encalham se não houver um punhado de contatos políticos, verdadeira teia. O arquivo da organização Contas Abertas acumula exemplos há muitos anos.

Há sempre um jeitinho

A falta de transparência na elaboração e execução do orçamento federal e a politização na distribuição de recursos escancaram as portas para favorecimentos. O problema começa na forma como a União efetua os repasses voluntários aos municípios e aos estados. Os recursos costumam ser engordados por emendas parlamentares. Senadores e deputados federais não perdem chances de entrar no jogo político.

O que falta corrigir

Faltam critérios de controle e fiscalização na destinação das verbas. O defeito permite que o Executivo tenha discricionariedade.

Dose excessiva

Quando aparecer a conta do cartão de crédito no próximo mês, muitos sentirão dores de cabeça. Precisarão incluir o cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário: a cerveja tem 62 por cento de impostos; a caipirinha (76 por cento); garrafa de água mineral (44 por cento); refrigerante em lata (46 por cento); confete e serpentina (43 por cento); pandeiro e outros instrumentos musicais (37 por cento).

Tem limite

O que o poder não entende: a renda dos indivíduos destina-se, prioritariamente, às despesas pessoais e da família. A parcela entregue ao governo deve ser uma fração, o suficiente para não inviabilizar o sustento. Se a tributação ultrapassa uma taxa considerada razoável, não há desenvolvimento.

Na ilha da fantasia

Começam os preparativos para comemorações dos 60 anos de fundação de Brasília. Em 1985, o repórter Luiz Fernando Emediato descreveu no jornal O Estado de São Paulo e este colunista guarda em seus arquivos:

Nesta cidade fantástica, um oásis, cheia de vidros, espaços vazios, tranquilidade, os salários são os mais altos do mundo, a semana tem três ou quatro dias, é possível ter um emprego e se fechar nos mais luxuosos gabinetes, cuja conta o povo paga.”

Doença desprezada

Tema sobre o qual técnicos das secretarias de Educação e pais deveriam conversar mais: estudo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, jogou lenha na fogueira da discussão a respeito de eventuais malefícios para quem tem o hábito de jogar videogames violentos. De acordo com a pesquisa, o cérebro de jovens que se expõem a jogos ou programas de televisão violentos tem seu funcionamento alterado de forma duradoura.

Desistiram

Reis do jogo clandestino reuniram-se no Rio de Janeiro durante o Carnaval. Além da diversão, trataram de negócios e decidiram recolher âncoras. Não pressionarão mais o Congresso a favor da legalização. Acham que deve continuar como está, porque há vantagens. Uma delas: não precisam dividir o lucro com o governo, pagando impostos.

Há 90 anos

A 26 de fevereiro de 1930, ocorreu tiroteio no centro de Bagé, após comício em favor da candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República. Simpatizantes de Luiz Carlos Prestes não gostaram da simulação de seu enterro. Seguiram-se correrias, pânico e agressões. Quatro pessoas se feriram.

Inevitável

Pré-candidatos que acompanham as finanças de prefeituras começam a se convencer da verdade contida na frase: aos vencedores, a crise.

Em busca da chance

Abrem-se inscrições a interessados em funções específicas: aquecer comícios, buscar cigarro do candidato, carregar malas, segurar elevador, tomar conta da porta. Às vezes, como retribuição, ganham uma secretaria municipal e começa a carreira política.

 

 

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Parlamentos precisam encontrar o acelerador
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https://www.osul.com.br/a-reta-nao-e-o-caminho-mais-curto-entre-dois-pontos/ A reta não é o caminho mais curto entre dois pontos 2020-02-26
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