Sábado, 27 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral A Usina nuclear Angra 1 registrou recorde de produção de energia em 2019

Compartilhe esta notícia:

Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (Angra 1), situada no município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. (Foto: Eletronuclear)

A Usina nuclear Angra 1 teve, em 2019, a maior produção de sua história. A unidade gerou 5.546.164 megawatts-hora (MWh), superando sua melhor marca, obtida em 2012 (5.395.561 MWh). Segundo a companhia, é energia suficiente para abastecer por um ano uma cidade com mais de 2,3 milhões de habitantes, como Belo Horizonte (MG) ou Fortaleza (CE).

O superintendente da unidade, Abelardo Vieira, informou que, além da produção, Angra 1 permaneceu conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por 361 dias em 2019 e atingiu um fator de capacidade de 98,21%, o maior entre todas as geradoras de energia elétrica do país, independentemente da fonte. “Seria impossível atingir esta marca sem a dedicação e o profissionalismo não só do pessoal de Angra 1, mas de todo o corpo funcional da Eletronuclear”, afirmou.

O presidente da empresa, Leonam Guimarães, também falou sobre a produção da usina. “Angra 1 alcançou resultados muito expressivos nos últimos 10 anos e, hoje, é uma das melhores usinas do seu tipo em todo o mundo. Esse resultado é fruto do trabalho que vem sendo realizado, por toda a Eletronuclear, de modernização dos equipamentos e sistemas da usina, visando à extensão de sua licença de operação por mais 20 anos”, explicou.

Angra 1

A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Porto Alegre ou São Luís.

Nos primeiros anos de sua operação, Angra 1 enfrentou problemas com alguns equipamentos que prejudicaram o funcionamento da usina. Essas questões foram sanadas em meados da década de 1990, fazendo com que a unidade passasse a operar com padrões de desempenho compatíveis com a prática internacional.

Esta primeira usina nuclear foi adquirida da empresa americana Westinghouse sob a forma de “turn key”, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores. No entanto, a experiência acumulada pela Eletrobras Eletronuclear em todos esses anos de operação comercial, com indicadores de eficiência que superam o de muitas usinas similares, permite que a empresa tenha, hoje, a capacidade de realizar um programa contínuo de melhoria tecnológica e incorporar os mais recentes avanços da indústria nuclear.

Se por um lado algumas usinas estão se aposentando, outras estão pedindo a expansão da licença de operação para mais 20 anos. É o que deve ocorrer com Angra 1 em um futuro próximo. Em 2024, expira a licença da usina. No final deste ano, a Eletronuclear espera dar entrada em uma solicitação de extensão das atividades por duas décadas.

Além da conclusão de Angra 3, a Eletronuclear e alguns especialistas em energia defendem a construção de novas usinas nucleares no Brasil.

Um dos principais argumentos é que o Brasil é um dos poucos países do mundo com condições de atuar em todo o processo de produção de energia atômica: possui uma das maiores reservas de urânio do mundo (localizadas na Bahia), tem tecnologia para enriquecer o material (no município fluminense de Resende) e possui usinas há mais de três décadas. “Só Brasil, Estados Unidos e Rússia reúnem essas três condições”, fala Guimarães.

Outro argumento pró-usinas nucleares é que, assim como as fontes renováveis, elas não geram gases causadores de efeito estufa. Por outro lado, ao contrário das renováveis, não dependem de condições climáticas. Ou seja, sem vento, sem sol ou com queda dos níveis dos rios, a produção de energia eólica, solar e hidrelétrica pode diminuir. Já a nuclear é capaz de funcionar continuamente.

“Se queremos descarbonizar a geração elétrica, temos que combinar as duas tecnologias disponíveis: as renováveis, que são intermitentes, e a nuclear, que consegue produzir energia o tempo todo”, defende o presidente da Eletronuclear.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Atrás da Índia, o Brasil foi o segundo país que mais mandou mensagens no Réveillon
O governador de Alagoas determina apuração rigorosa sobre o caso da travesti impedida de utilizar o banheiro de shopping em Maceió
https://www.osul.com.br/a-usina-nuclear-angra-1-registrou-recorde-de-producao-de-energia-em-2019/ A Usina nuclear Angra 1 registrou recorde de produção de energia em 2019 2020-01-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar