Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (05) a indicação de Augusto Aras para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República) e associou a sua escolha a um “casamento”.
“Outros nomes também apareceram. Eu tinha um universo ali de poucos para escolher. Eu acho que dei sorte, acho que escolhi o melhor, que estou fazendo um bom casamento. Na frente do padre que é o Senado, para aprovar o nome dele”, afirmou.
Escolhido por Bolsonaro, Aras precisará ser aprovado em sabatina no Senado. O mandato é de dois anos, com possibilidade de reconduções sucessivas. Uma das atribuições do procurador-geral é investigar e denunciar políticos com foro especial, incluindo o próprio presidente da República.
Em nota, a Associação Nacional dos Procuradores da República enfatizou que o Ministério Público Federal deve ser “independente”. Para a entidade, falas anteriores de Bolsonaro indicando que buscava alguém alinhado a ele “revelam uma compreensão absolutamente equivocada sobre a natureza das instituições em um Estado Democrático de Direito”.
Nesta quinta, as declarações do presidente sobre a indicação de Aras foram dadas para apoiadores que o esperavam na entrada do Palácio da Alvorada. Ele desceu do carro e disse aos presentes que é preciso esperar e “dar um tempo” ao indicado para novo procurador-geral.
“O universo [de candidatos] era pequeno e eu tinha que escolher. O pessoal fica radical, [dizendo que] tem que botar um cara da Lava-Jato. Tudo bem, então o cara é radical e quer acabar com a corrupção. Mas é um cara que é xiita na questão ambiental”, disse o presidente.
Em outro momento, ele revelou que havia tanto pressão pela recondução de Raquel Dodge ao posto quanto pela indicação do chefe da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, para o comando da PGR.