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Brasil Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, o ex-ministro Geddel Vieira Lima já teve sete parentes trabalhando na Câmara dos Deputados

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Mãe, mulher, irmãos e cunhadas do ex-ministro ocuparam postos de assessores da Mesa Diretora ou secretários parlamentares. (Foto: Reprodução)

Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) já teve sete parentes como funcionários da Câmara dos Deputados. Mãe, mulher, irmãos e cunhadas do cacique emedebista, que está preso preventivamente desde setembro em Brasília, ocuparam postos de assessores da Mesa Diretora ou secretários parlamentares em gabinetes do Congresso.

A denúncia contra Geddel, sua mãe, Marluce, e seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), será julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Caso seja acatada, os três se tornam réus no processo do bunker com R$ 51 milhões encontrado pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador.

A primeira nomeação de um Vieira Lima para o Congresso data de 1975, quando a mãe de Geddel assumiu um cargo no gabinete do próprio marido, o então deputado federal Afrísio Vieira Lima (PL). Posteriormente, foi remanejada para outros cargos na Câmara, onde ficou até se aposentar.

Além da mãe, o próprio Geddel e seu irmão ocuparam cargos no gabinete do pai nos anos 1980. O outro irmão, Afrísio Vieira Lima Filho é o único da família que mantém cargo na Câmara até hoje. Desde 1997, é diretor legislativo e tem salário mensal de R$ 33,9 mil.

As mulheres dos irmãos Geddel, Lúcio e Afrísio Filho também ganharam cargos. Alessandra Vieira Lima foi nomeada em 1997 pelo então presidente da Casa, o hoje presidente Michel Temer (MDB), aliado de Geddel. De 2007 a 2009, ela foi assessora na Assembleia Legislativa da Bahia. Patrícia Vieira Lima assumiu cargo no gabinete de Geddel em 2002.

Quando o emedebista foi nomeado ministro da Integração Nacional, em 2007, ela passou para a equipe do deputado suplente Edigar Mão Branca (PV). Tatiana Vieira Lima ocupou cargos ligados à Mesa Diretora da Câmara entre 1992 e 2002. Desde 2009 é assessora no Senado com salário de R$ 8,6 mil.

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-assessor parlamentar Job Ribeiro afirmou que fazia serviços particulares para a família e devolvia cerca de 80% do salário pago pela Câmara aos Vieira Lima. Como prova, revelou extratos que mostram saques e transferências bancárias. Além de Ribeiro, os funcionários Milene Pena e Roberto Suzarte atuariam prestando serviços para os parentes. A defesa dos Vieira Lima nega as acusações.

Cui Bono

A Polícia Federal deflagrou em janeiro a operação Cui Bono? (“A quem beneficia?”, em latim), que mirava Geddel e sua gestão na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013. A investigação começou a partir de elementos colhidos em um antigo celular do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com nota da Procuradoria da República no Distrito Federal, a prisão “tem como fundamento elementos reunidos a partir de informações fornecidas em depoimentos recentes do doleiro Lucio Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva”.

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