Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2017
O Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) divulgou na manhã desta sábado (28) boletim sobre o estado de saúde de duas adolescentes baleadas por um colega, no último dia 20, no Colégio Goyases, que estão internadas naquela unidade.
Segundo a nota, M.R.M. internada na enfermaria, permanece orientada, consciente, com respiração espontânea e sem febre, alimentando-se por via oral e sem se queixar de dores para a equipe de assistência.
Outra jovem, I.M.S., continua internada em uma UTI (unidade de terapia intensiva), em estado regular, orientada, consciente e respirando de forma espontânea, com auxílio de oxigênio. De acordo com o boletim do hospital, ainda não há previsão de alta para as duas meninas.
Atentado
O crime aconteceu no fim da manhã do último dia (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Os tiros foram disparados no intervalo entre duas aulas. Morreram os estudantes João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos.
Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos tiros disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. Filho de policiais militares, ele pegou a pistola .40 da mãe e a levou para a unidade educacional dentro da mochila.
O pai do adolescente prestou depoimento à polícia e negou que soubesse que o filho sofria bullying. Disse ainda que nunca ensinou o filho a atirar e que ele pegou a arma descarregada sobre o guarda roupas e a munição em uma gaveta trancada após procurar e achar as chaves.
O aluno, que estava apreendido na Depai (Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais), foi transferido para um centro de internação onde irá cumprir a decisão de internação provisória expedida pela Justiça.
Bullying
O adolescente que atirou nos colegas tem 14 anos disse à polícia que era vítima de bullying na escola e que se inspirou nos casos da escola de Columbine (ocorrido em 1999, nos Estados Unidos), e de Realengo (em 2011, no Rio de Janeiro). O estudante afirmou que sua intenção era matar apenas o colega autor do bullying, mas que, no momento do ataque, sentiu vontade de fazer mais vítimas. Dois jovens morreram na hora e quatro ficaram feridos.