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Por Redação O Sul | 3 de maio de 2017
O advogado de José Dirceu pediu ao juiz Sérgio Moro que o endereço do ex-ministro da Casa Civil seja mantido em sigilo para evitar “tumulto”. Por determinação do magistrado responsável pela Operação Lava-Jato, o petista está proibido de deixar o País e deverá usar tornozeleira eletrônica.
Condenado a 32 anos e 1 mês de prisão na Lava Jato, José Dirceu poderá sair a qualquer momento do Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, onde estava preso desde 3 de agosto de 2015. A soltura do ex-ministro foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal.
Em petição ao juiz Sérgio Moro, o advogado Roberto Podval, que adentrou por volta das 14h30min de terça-feira a sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, esclareceu que o passaporte de José Dirceu está vencido desde 2013 e o documento está em posse do STF em cumprimento de determinação do ex-ministro Joaquim Barbosa.
“Com relação ao seu domicílio, o peticionário informa que esta defesa apresentará pessoalmente nesta data em cartório o endereço completo, requerendo desde já que permaneça em sigilo, para o fim de se evitar tumultos”, afirma o advogado.
A defesa de Dirceu ainda pediu para que o juiz federal determine a “apresentação do peticionário para a colocação de tornozeleira eletrônica e para que possa assinar o termo de compromisso”.
Sem previsão
Detentor do poder de devolver à prisão o ex-ministro José Dirceu, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o empresário José Carlos Bumlai, lobista e amigo do ex-presidente Lula, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ainda nem tem data para julgar os três réus da Lava Jato. De acordo com o andamento dos processos, é improvável que os três voltem à cadeia neste ano.