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Brasil Agenda de Mourão em viagem aos Estados Unidos incomoda aliados de Bolsonaro

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Auxiliares do Palácio do Planalto avaliam que o general quer se firmar como uma figura mais plural e dissonante do governo. (Foto: Romério Cunha/VPR)

O roteiro de compromissos que o vice-presidente Hamilton Mourão traçou para a sua visita aos Estados Unidos na próxima semana incomodou aliados de Jair Bolsonaro. Auxiliares do Palácio do Planalto avaliam que a agenda, que prevê reunião com o vice-presidente americano, Mike Pence, além de encontros com imigrantes e pensadores de esquerda, reforça a tese de que Mourão quer se firmar como figura mais plural e dissonante do governo.

Bolsonaro esteve nos EUA na semana passada para encontro com o presidente Donald Trump, na Casa Branca, enquanto Mourão permaneceu no Brasil. Além da reunião bilateral, Bolsonaro se encontrou com empresários, líderes evangélicos e nomes ligados à direita americana, atendo-se a uma audiência ideologicamente conservadora.

Mourão, por sua vez, deve ir a Washington para se encontrar com Mike Pence e discursar no Conselho das Américas e no Brazil Institute, do Wilson Center, que costumam receber personalidades de diferentes campos políticos.

Antes disso, participará da Brazil Conference, organizada por estudantes da universidade Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Também se encontrará com imigrantes brasileiros, em Boston, e com o filósofo Roberto Mangabeira Unger, que assessorou o ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e já fez diversas críticas a Bolsonaro.

O movimento despertou a atenção do grupo ligado aos filhos do presidente e ao escritor Olavo de Carvalho, que mora nos EUA e é considerado o guru ideológico do governo brasileiro. Olavo está em constante embate com a ala militar do Planalto – especialmente Mourão e, mais recentemente, Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro general da Secretaria de Governo.

Na avaliação de membros da ala ideológica, entre os militares que cercam Bolsonaro existem aqueles que não se importam com a influência olavista sobre o governo, como é o caso do tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), os que olham para isso com alguma neutralidade, como o general Augusto Heleno (GSI), e os que não gostam da tutela, como Mourão e Santos Cruz, justamente os dois que estarão nos EUA na próxima semana.

Olavo de Carvalho usou dos seus já habituais ataques nas redes sociais para externar o pensamento que corre nos bastidores. Ele afirmou que o evento em Harvard “virou festinha comunotucana” e voltou a atacar Mourão e Santos Cruz. O polemista foi desconvidado para o evento porque, segundo os organizadores, não houve sucesso na formação do painel do qual ele participaria.

“No ano passado, saí de Harvard envergonhado de ter participado de um cirquinho miserável, com interlocutores incapazes de apreender qualquer ideia superior a slogans de propaganda. Este ano, estou feliz de ter sido desconvidado. Não tenho nada a discutir com Dilma, com Jean Wyllys, nem com Santos Cruz e Hamilton Mourão”, escreveu Olavo.

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https://www.osul.com.br/agenda-de-mourao-em-viagem-aos-estados-unidos-incomoda-aliados-de-bolsonaro/ Agenda de Mourão em viagem aos Estados Unidos incomoda aliados de Bolsonaro 2019-03-28
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