Terça-feira, 01 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2021
A Alemanha decretou nesta quinta-feira (2) restrições às pessoas que não se vacinaram contra a covid-19, na tentativa de conter uma disparada de infecções diárias pelo coronavírus que pode ser agravada pela descoberta da variante ômicron.
Entre as novas medidas decretadas, estão:
– Restrição do número de pessoas que podem se encontrar em ambiente fechado;
– Fechamento de boates e discotecas;
– Lockdown para todos nos não vacinados.
O país ainda tem planos para tornar a vacina obrigatória.
A chanceler Angela Merkel e seu sucessor, Olaf Scholz, conversaram com os líderes dos 16 Estados alemães a restrição de acesso de pessoas que não se vacinaram a tudo que não sejam estabelecimentos essenciais, como mercados, farmácias e padarias.
Ansiosos para evitar lockdowns gerais que poderiam atrapalhar a recuperação frágil da maior economia da Europa, eles devem manter os estabelecimentos comerciais abertos para os quase 69% da população que estão totalmente vacinados, assim como aqueles que se recuperaram do coronavírus.
“A situação é muito séria, o número de infecções estabilizou-se em um patamar muito alto”, disse Merkel.
Virologistas atribuem a quarta onda, que pode sobrecarregar as unidades de tratamento intensivo e que nesta quinta-feira resultou em mais de 73 mil infecções novas e 388 mortes, à resistência de uma grande parcela da sociedade à vacinação. Eles também criticam políticos por agirem tarde demais.
A taxa de vacinação alemã de pouco menos de 70% se aproxima da média da União Europeia, mas é inferior a de países como Portugal e Irlanda.
Há sinais de que a curva começa a se estabilizar: a incidência de sete dias para 100 mil habitantes caiu pelo terceiro dia consecutivo e ficou em 439,2.
Essas restrições drásticas no acesso à vida social para os não vacinados foram descritas por vários líderes políticos como um “confinamento”.
Pessoas não vacinadas já estão sujeitas a restrições de acesso às vias públicas há várias semanas, mas as regras variam e não cobrem todas as regiões do país.
Para evitar multidões nas festividades de final de ano, o governo e as regiões também proibiram fogos de artifício, muito populares entre os alemães.
Clubes e boates terão que fechar se o marco dos 350 casos for ultrapassado, o que já aconteceu na maioria das regiões. O uso de máscaras voltou a ser obrigatório nas escolas do país.
Essas medidas buscam melhorar a situação nas próximas semanas, antes de uma votação sobre a obrigatoriedade das vacinas. A medida já foi adotada pela vizinha Áustria, onde poderá entrar em vigor em fevereiro, após a manifestação do Conselho de Ética e a votação do Parlamento. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.