Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2021
O primeiro ônibus usado, adaptado para combate ao coronavírus, está nas ruas de São Paulo fazendo um trabalho importante. Ele virou uma clínica móvel para ajudar mais de 4 mil pacientes por mês, que não podem ou não querem ir aos postos de saúde, por medo de contaminação, ou aglomeração.
A primeira unidade da plataforma O-SI foi idealizada por Andre Zanolla, estudante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O projeto foi feito em parceria com a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a clínica móvel está completando dois meses de trabalho.
Os profissionais que atuam no ônibus fazem vacinação, testagem de pacientes e atendimentos de baixa complexidade, como diagnóstico, medicação intravenosa e exame de sangue.
O O-SI é equipado por um sistema de câmaras de refrigeração médica de 2 a 8 graus (ºC) certificado para conservação de vacinas como CoronaVac e AstraZeneca/Oxford. Ele tem capacidade para armazenar até 6 mil doses simultaneamente. O veículo tem estrutura para a testagem de pacientes para o coronavírus, como RT-PCR, testes rápidos de antígeno e testagem sorológica IgG e IgM.
Para melhorar a acessibilidade dos espaços, o projeto conta com a adaptação dos espaços, como com corrimãos, piso podo-tátil (marcações no chão para deficientes visuais) e linguagem visual objetiva e com contraste de cores. Isso permite que sejam atendidos pacientes como Pessoas com Deficiências (PCDs), idosos e pessoas com baixa visão.
O O-SI foi Financiado por empresas e instituições de diversos segmentos, como escritório de arquitetura, indústrias químicas e farmacêuticas e do setor de saúde,
O ônibus tem atuado apenas com o setor privado, levando atendimentos de saúde a funcionários de empresas contratantes da região metropolitana de São Paulo.
O-SI teve consultoria médica prestada por docentes da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. O responsável pela criação e revisão dos protocolos de segurança é o médico Sun Rei Lin, professor e coordenador do Pronto-Socorro de Cirurgia do Hospital São Paulo.