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Política “Ameaça não dá”, desabafa o ministro da Saúde em telefonemas a outros ministros

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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta afirmou que permanece no cargo. (Foto: Sérgio Lima/AFP)

Antes de confirmar que permanece no cargo, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta desabafou a interlocutores depois de tomar conhecimento de uma fala do presidente Jair Bolsonaro para apoiadores na noite de domingo (6) na portaria do Palácio do Alvorada, segundo informações do blog de Gerson Camarotti, do portal de notícias G1.

Bolsonaro havia dito que alguns ministros viraram “estrelas” e falam “pelos cotovelos”. O presidente afirmou também que a caneta dele funciona. Sem mencionar nomes, disse que “a hora deles [em referência a esses ministros] ainda não chegou. Vai chegar”.

“Ameaça não dá. O presidente tem de tomar uma decisão”, afirmou Mandetta, segundo interlocutores, em telefonemas aos ministros Braga Neto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) depois da manifestação de Bolsonaro, transmitida ao vivo por uma rede social.

Bolsonaro e Mandetta tiveram divergências públicas em razão das estratégias para conter a velocidade do contágio pelo novo coronavírus. O presidente defende o que chama de “isolamento vertical”, ou seja, isolar somente idosos e pessoas com doenças graves, que estão no grupo de risco, a fim de não paralisar a economia. O ministro é a favor do isolamento amplo, adotado por governadores, pelo qual a recomendação é que as pessoas se mantenham em casa.

De forma reservada, Mandetta tem se declarado “magoado” com ataques a ele e a familiares nas redes sociais bolsonaristas.

Especulações

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, após voltar de reunião no Palácio do Planalto, Luiz Henrique Mandetta disse nesta segunda-feira (6) que ficará no cargo, após as especulações de que seria demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Nós vamos continuar, porque continuamos, vamos continuar enfrentando o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome, o Covid-19”, disse, em entrevista coletiva no ministério. “Temos uma sociedade para lutar e proteger, médico não abandona paciente e não vou abandonar.”

O ministro afirmou que a semana de trabalho começou com mais um “solavanco” e que espera “ter paz pra poder conduzir”.

Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho do ministério”, brincou. “Teve gente limpando gaveta, pegando as coisas. Até as minhas gavetas.”

A declaração ocorreu horas após vir a tona a informação de que Bolsonaro avaliava demitir o ministro. Mandetta não citou em nenhum momento o nome do presidente.

Ao chegar, o ministro recebeu aplausos e agradeceu a equipe, que o esperava para ouvir sua fala. Durante a entrevista, esteve ao lado de cinco secretários da pasta.

“Não é hora de aplaudir ninguém, não terminou nada”, respondeu. “É o que já falei: lavoro, lavoro, lavoro”, citando a palavra trabalho em italiano.

 

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