Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2017
Quando as pessoas começaram a dizer, no ano passado, que Donald Trump se candidataria à Presidência dos Estados Unidos, Sarah pensou que era uma piada, nada para ser levado a sério. Mas, no dia 8 de novembro de 2016, Trump foi eleito.
Sarah, que pediu para não ter seu sobrenome divulgado por questão de segurança, ligou para o marido imediatamente. Ele estava fora do país em uma viagem de negócios.
“Acabou. Quero ir embora. E não estou brincando”, disse Sarah. “Eu sei. Podemos ir”, respondeu o marido.
Agora, em janeiro de 2017, Sarah, de 43 anos, seu marido, de 45, e as duas filhas se despediram de sua pequena cidade no Meio-Oeste americano, onde moraram durante três anos e meio.
Eles vão reconstruir a vida em um país a milhares de quilômetros de distância e não têm planos para voltar.
Durante as eleições mais disputadas da história americana, surgiram muitas conversas em escritórios, restaurantes, cafés e na imprensa com pessoas afirmando que abandonariam os Estados Unidos caso Trump ganhasse.
No dia seguinte da chamada “Superterça”, no início de março, quando 12 Estados americanos votaram nas primárias republicanas, o Google anunciou que as buscas usando a frase “mudar para o Canadá” foram bem mais numerosas do que em qualquer outro momento da história do site.
Mas, depois da vitória de Trump nas eleições, muitas pessoas – incluindo nomes famosos como a comediante Amy Schumer e a cantora Miley Cirus – desistiram das promessas de sair do país. Alguns porque não podiam sair mesmo, outros porque decidiram ficar e enfrentar a situação. Outros disseram que tinham feito “uma piada” quando prometeram sair dos Estados Unidos.