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Seleção Antes da acusação formal de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da CBF contra o seu presidente, a defesa dele ofereceu um acordo de 12 milhões de reais para ela não divulgar gravações e negar tudo

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Defesa do dirigente nega as acusações e afirma que conselho age como um tribunal de exceção. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Antes de ser formalmente acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da CBF, Rogério Caboclo ofereceu um acordo de R$ 12 milhões para que ela não divulgasse as gravações e negasse tudo, segundo o programa “Fantástico”, da TV Globo. A secretária, no entanto, recusou a proposta.

A funcionária foi orientada por advogados a gravar as conversas sempre que ficasse sozinha com o presidente. Pouco antes de o caso se tornar público, em abril, ela entrou de licença médica e estava afastada do cargo. O “Fantástico” mostrou os áudios gravados por ela e confirmou a veracidade com um perito.

Constantemente, Caboclo chamava a funcionária e iniciava conversas de cunho pessoal e sexual com ela, além de expô-la na frente de outros dirigentes.

Constrangida, ela chegou a chamar alguns diretores da CBF para acudi-la enquanto estava na sala do presidente. Numa das passagens, ele oferece uma taça de vinho a ela, que recusa. Logo depois, pergunta: “Você se masturba?”

Situações como essas eram frequentes, segundo a funcionária. Na denúncia que fez ao Comitê de Ética da CBF, ela detalha diversas situações constrangedoras a que foi submetida pelo dirigente. O presidente da entidade a insultava e a humilhava na frente de outros diretores.

Caboclo nega que tenha cometido assédio, mas admite que houve brincadeiras inadequadas.

Na sexta-feira (4), a funcionária entregou um documento de 12 páginas usado como base pela Comissão de Ética da CBF no afastamento temporário de Rogério Caboclo da presidência da entidade. Também houve pressão dos patrocinadores.

No documento, ela pede que Caboclo seja investigado e posteriormente punido pela legislação brasileira e que ela retome as suas funções como secretária da entidade, no Rio.

Investigação

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) está investigando a conduta do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, acusado por uma funcionária da entidade de praticar assédio sexual contra ela.

A denúncia da funcionária foi formalizada na última sexta-feira (4) perante a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, órgão ligado à própria CBF, e no mesmo dia o MPT-RJ determinou o início da investigação, segundo nota da instituição.

A denúncia foi distribuída nesta segunda-feira (7) ao procurador do Trabalho Artur de Azambuja Rodrigues, membro da Coordenadoria Regional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade). Ele será o responsável pela investigação.

Se for comprovada irregularidade, o MPT-RJ pode propor um termo de ajustamento de conduta (TAC), pelo qual a CBF se comprometa que não mais ocorram casos de assédio sexual, além de outras medidas, como cursos voltados para o tema e até indenização por dano moral coletivo. Se a entidade não aceitar o TAC, o MPT pode propor ação civil pública, com pedidos semelhantes aos do TAC, e indenização por dano moral coletivo.

O MPT atua, entre outras funções, para prevenir e enfrentar situações de assédio sexual nos ambientes de trabalho. A violência e o assédio, segundo a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho, são práticas intoleráveis no ambiente de trabalho e podem resultar em danos físicos, psicológicos, sexuais ou econômicos para a vítima.

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