Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2021
Governo federal orientou suspender uso do imunizante para faixa etária de 12 a 17 anos.
Foto: Myke Sena/Ministério da SaúdeA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou na noite desta quinta-feira (16), investigar uma suspeita de reação adversa de uma adolescente, que morreu após tomar a vacina da Pfizer. Destacou, porém, não haver elementos suficientes para estabelecer a conexão entre o óbito e o uso do imunizante. Apesar de o Ministério da Saúde ter recomendado a suspensão da aplicação da vacina em adolescentes sem comorbidades, o órgão regulador manteve a liberação do produto para essa faixa etária.
“No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina”, disse a agência, em nota. “Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina.” O caso, com uma jovem de 16 anos, ocorreu em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
“A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”, acrescentou a agência. O imunizante da Pfizer é o único aprovado para adolescentes de 12 a 17 anos no Brasil.
Na nota em que o Ministério da Saúde recomendou não imunizar adolescentes sem comorbidade, publicada nesta quarta-feira (15), “os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”. Já a Anvisa rebateu. “Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos.”
Parte das cidades, como Salvador e Natal, já mandou parar a imunização nessa faixa etária. Já a capital paulista, por exemplo, informou que não vai suspender. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, em entrevista coletiva, que os adolescentes sem comorbidades que tomaram a 1.ª dose, por ora, não voltem para a 2.ª aplicação. Já aqueles com comorbidade devem concluir o esquema vacinal.
Rio Grande do Sul
O Cosems (Conselho das Secretarias Municipais de Saúde ) afirmou que as cidades gaúchas devem continuar a vacinação de adolescentes sem comorbidades com 17 anos de idade.
Nesta quarta (15), a SES (Secretaria Estadual da Saúde) distribuiu doses da Pfizer para que os municípios atendessem os adolescentes. Nas próximas remessas entregues ao Estado, a SES deverá fazer uma nova avaliação.