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Geral Pressão para a derrubada da Ministra da Saúde tem origem no Centrão e no próprio PT

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Após uma semana inteira em evidência, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, conseguiu virar o jogo e se fortalecer. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Após uma semana inteira em evidência, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, conseguiu virar o jogo e se fortalecer, na avaliação de auxiliares no Palácio do Planalto e lideranças petistas. O respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que garantiu a permanência dela no cargo, e o apoio de outros ministros e dirigentes graduados do PT, são demonstrações de que Nísia está mais empoderada. O discurso, nos bastidores do governo, é que não há qualquer chance de a ministra ser demitida.

A ministra começou a adotar uma postura mais incisiva na comunicação: foram três entrevistas para grandes veículos em três dias, além de uma entrevista coletiva para fazer anúncios sobre o enfrentamento da dengue.

O ponto que mais incomoda o Centrão, no entanto, ainda não foi solucionado: a distribuição de emendas parlamentares e verbas extras do Ministério da Saúde. O grupo liderado por Arthur Lira acusa Nísia de lentidão na liberação das emendas e de privilegiar prefeitos petistas, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, na distribuição de verbas extras para investimentos em hospitais e ambulatórios. A ministra nega e diz que a distribuição foi feita a partir de critérios técnicos.

No final do ano passado, quatro cidades governadas por petistas em São Paulo receberam quase R$ 230 milhões. São elas: Diadema (R$ 75 milhões), Araraquara (R$ 60 milhões), Hortolândia (R$ 51 milhões) e Mauá (R$ 43 milhões). Já Cabo Frio (RJ), prefeitura em que o irmão de Nísia atua como secretário, recebeu R$ 55 milhões.

No início de fevereiro, Lira e outros líderes do Centrão apresentaram um requerimento cobrando explicações. O ministério apresentou uma resposta que não contemplou o grupo. Ou seja, o impasse permanece. Lira e os aliados também responsabilizam o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pelo direcionamento dos recursos para as gestões petistas.

O problema é que a disputa por esse dinheiro envolve diretamente Lula. Segundo auxiliares palacianos, foi o próprio presidente quem determinou a Padilha e Nísia que direcionassem os recursos para estas cidades. O presidente teve pelo menos duas reuniões com prefeitos destas cidades no segundo semestre do ano passado e ouviu o pedido pelos recursos.

O assunto foi objeto de controvérsia na última reunião a sós entre Lula e Lira, no dia 9 de fevereiro, no Palácio da Alvorada. Aqui as versões são conflitantes. Aliados de Lula dizem que o presidente da Câmara queria abrir a conversa com a controvérsia da distribuição dos recursos da saúde. O presidente teria se recusado a entrar nesses pormenores, a menos que Lira aceitasse que Lula chamasse Nísia e o secretário-executivo do ministério, Swendeberger Barbosa, para aquela conversa no Alvorada. Lira teria recusado a ideia.

Do lado do presidente da Câmara, a versão é oposta, de que foi Lula quem pediu para falar dos recursos da saúde e que Lira se recusou. Ele teria dito que a reunião deveria tratar apenas da relação entre Legislativo e Executivo, de forma mais ampla. As informações são do portal de notícias G1.

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