Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2017
A economia brasileira registrou, no primeiro trimestre deste ano, o primeiro resultado positivo após dois anos seguidos no vermelho. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou nessa quinta-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao quarto trimestre do ano passado, já descontados os efeitos sazonais. Esse é o primeiro número positivo desde dezembro de 2014.
Em valores correntes, o PIB totalizou 1,6 trilhão de reais. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, o PIB recuou 0,4%. No acumulado de quatro trimestres, a queda é de 2,3%. Embora o número aponte uma melhora, economistas afirmam que não é garantia de que o País saiu da recessão. Os dados que começam a sair do segundo trimestre e a mais recente turbulência política elevam o risco de que o PIB volte a cair nos próximos meses.
O principal fator para o resultado positivo no primeiro trimestre foi o desempenho do setor agropecuário, que cresceu 13,4% no período, embalado por safras recordes de grãos. Os serviços, que respondem por mais de 70% do PIB, ficaram estáveis. E a indústria teve leve alta de 0,9%.
Com o desemprego em nível recorde, o consumo seguiu em leve baixa (-0,1%). O investimento recuou 1,6%, ainda na esteira da recessão. O resultado do PIB veio em linha com o que projetavam analistas. A projeção central era de uma alta de 1% no trimestre. Em termos técnicos, para que a uma economia esteja em expansão é preciso que o crescimento esteja espalhado por vários setores e em rota sustentável.
Nenhuma dessas duas características está claramente configurada no Brasil atualmente. Apesar dos bons resultados do agronegócio, a indústria tem apresentado altos e baixos e o setor de serviços continua sofrendo com a falta de demanda em um contexto de desemprego recorde.