Quarta-feira, 18 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2020
A Apple admitiu publicamente que “um número não especificado” de unidades do iPhone 11 está com displays defeituosos e está oferecendo reparo e substituição gratuitos. Os dispositivos podem apresentar telas que não respondem ao toque, prejudicando a usabilidade do dispositivo.
Se o problema ainda não te afetou, será necessário informar o número serial do seu aparelho à Apple por meio deste formulário. Assim que enviado, a unidade será comparada aos números seriais já registrados e o portador do iPhone 11 poderá solicitar a substituição da tela sem qualquer custo.
“Se (o número) conferir, Apple ou uma prestadora de serviços autorizada poderá fazer o reparo, livre de cobranças.”, informa a fabricante na tela do formulário. Contudo, ainda que seu celular esteja incluído nessa lista e ele estiver com a tela danificada por outra razão (rachaduras, arranhões e outras imperfeições), a companhia não deve incluir seu aparelho nos reparos gratuitos.
“Se o seu iPhone 11 tiver qualquer dano que impacte na capacidade de concluir o reparo, como uma tela quebrada, o problema em questão deverá ser resolvido antes do serviço de substituição”, informa. Ou seja, se a tela estiver avariada, será necessário pagar pelo reparo, antes de substituir o display com defeito de fábrica.
Os usuários de iPhone 11 que solicitaram reparo por um problema semelhante podem voltar às lojas autorizadas Apple para solicitar o reembolso do reparo feito anteriormente. Além disso, na ausência de uma loja Apple próxima, o usuário deverá enviar o dispositivo por qualquer meio até o reparo e a companhia não se responsabiliza pelo custo de envio.
De toda forma, é válido verificar se o seu iPhone 11 está incluído na lista de aparelhos defeituosos, mesmo se não estiver apresentando problemas. De acordo com a Apple, o reparo não estenderá a garantia de aparelhos e só cobrirá iPhones 11 adquiridos em até dois anos. Não há previsão para fim do programa de reparos gratuitos.
Vulnerabilidade
Uma vulnerabilidade “assustadora” descoberta por um funcionário do Google permite que hackers invadam remotamente um iPhone e tenham acesso completo a todo o conteúdo do aparelho. Isso inclui ver todas as fotos, ler todos os e-mails, copiar mensagens privadas e monitorar tudo o que acontece em tempo real.
Nem o hacker, nem a vítima, precisam estar conectados à internet para que o ataque possa ser executado: basta que estejam ao alcance de uma conexão Bluetooth. O ataque requer zero interação da vítima: ela não precisa clicar em nenhum link, abrir nenhum e-mail ou baixar nenhum app.
Segundo Ian Beer, pesquisador do Google Project Zero, equipe dedicada a encontrar bugs em código de seus produtos e de outras empresas, o ataque ocorre devido a uma vulnerabilidade em um protocolo chamado AWDL, usado para que iPhones, iPads, Macs e Apple Watches estabeleçam redes “peer-to-peer” (P2P) entre si.
Se você já usou o AirDrop, enviou musica para seu Homepod ou Apple TV via AirPlay ou usou um iPad como segunda tela de seu notebook usando o Sidecar, então já usou o AWDL. E mesmo que você nunca tenha usado estes recursos, se uma pessoa próxima de você usou é provável que seu aparelho se juntou a uma rede temporária criada pelo aparelho dela.
Invasão em segundos
O pesquisador afirma que não encontrou evidências de que a falha esteja sendo explorada por malfeitores, mas diz em seu artigo que “com engenharia adequada e melhor hardware, depois que o AWDL for habilitado todo o exploit pode ser executado em poucos segundos”.
A falha também pode ser transformada em um worm: um aparelho que tenha sido comprometido pode ser usado para comprometer outros aparelhos com os quais entre em contato.
Felizmente, para os usuários, a falha foi corrigida pela Apple com uma atualização do iOS lançada em maio deste ano. Basta que seu aparelho tenha a versão mais recente do sistema para estar protegido.