Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2020
Sistema do governo federal aponta que permanece tendência de aumento no desmate
Foto: Op Verde BrasilO total de áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia bateu recorde em janeiro de 2020. De acordo com os dados do Deter-B (Sistema de Detecção em Tempo Real), do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), foram emitidos alertas para 284,27 km² de floresta – maior índice para o mês desde que começou a série histórica, em 2016.
Na análise do trimestre (novembro, dezembro e janeiro), o recorde também foi verificado: foram feitos alertas para a devastação de 1.037 km², a maior área para o período desde que começou a medição.
Os especialistas indicam considerar a análise do trimestre para evitar, por exemplo, que a leitura dos dados coletados pelos satélites sejam afetados por interferência de nuvens.
Alertas para fiscalização
Os alertas do Deter são baseados em imagens de satélite e servem para orientar ações de fiscalização. Os dados não são a taxa oficial de desmatamento, que é divulgada uma vez ao ano por meio do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), abrangendo o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte.
No entanto, os alertas do Deter são um indício da tendência de devastação. A taxa mais recente, divulgada em novembro de 2019, apontou aumento de 30% no desmatamento da Amazônia, se comparado ao período anterior.
Além disso, ano após ano, a área sob alerta indicada pelo Deter é confirmada pelo Prodes, inclusive indicando que o total de alertas subestima o desmatamento total. No ano passado, a taxa oficial de desmatamento foi 42% maior do que apontava sistema de alertas do Inpe.