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Lenio Streck As coisas que me irritam na Televisão… e no Rádio

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(Foto: Reprodução)

Tenho TV a cabo (NET e SKY). Uma pior do que a outra. Paga-se caro pela TV à cabo e não nos livramos dos comerciais. Mas, se é TV à Cabo, paga pelo utente, por que esse monte de publicidade? Aliás, há três meses tento falar com a SKY. Alguém ajuda? É um robô que atende.

Andei medindo e há espaços publicitários de até três minutos. Estava eu na esteira assistindo uma série e, em 12 minutos, dois comerciais de dois minutos e tal.

Qualquer porcaria que se assiste e lá vem propaganda. A Globonews tem mais publicidade do que a TV aberta.

E a TV aberta? Bullshit. Vou zapeando. Há mais de uma dezena de canais em que padres, pastores e apóstolos vendem de tudo, até colírio e vitamina. Um padre metido à galã vende até colchão. Um pastor vende água ungida, rosa ungida e quejandos. Outro tem serviço de telemarketing para Covid. Uma picaretagem atrás da outra. O senhor é meu pastor …e nada me sobrará, porque devo pagar o boleto. Ah, e o pastor e o apóstolo insistem: não esqueça do boleto. E citam a Bíblia sobre dar e receber.

Pergunto: se as religiões têm isenção de impostos, como podem ficar vendendo coisas, inclusive milagres? Aliás, há dezenas de milagres em cada culto. Vem a senhora e dança. Para mostrar que tinha dor no joelho e agora está curada… E o pastor diz: palmas para o Senhor Jesus. E o outro diz: em nome de o Senhor Jesus. O que Deus pensa sobre isso?

Outra praga na TV são os canais de desenhos escalafobéticos. Nem as crianças gostam. Mas estão lá.

E lá vem canal de comida. Qualquer vigarista põe um canal – enfia na TV à cabo – para mostrar seus dotes culinários e, é claro, vender quinquilharias. E os canais com picaretas mostrando como se conserta moveis e cozinhas? Poxa. Não enche o saco.

O outro vende lixadeiras. E mostra como deixar limpinho um prego velho. Mas por que algum néscio compraria uma lixadeira assim? Ah, tenho pregos velhos. Comprarei-a-a!

E os canais de aventuras? O sujeito sai sozinho (quem o filma?) e vai para o deserto ou para as montanhas. “Ah, agora consegui pegar esse pedaço de carne podre. Tenho medo de pegar uma infecção…..” “Ah, preciso de água. Vou cavar aqui com esse pedaço de osso de coiote cujo resto da carne acabei de comer, regado a pequenas lesmas trufadas…”, Pior: a cada 30 segundos o filha da mãe explica aquilo que você está vendo.

Os largados e pelados… também é algo que deveria dar prisão em flagrante pelo crime de estupidez.

E o que dizer da NET, que oferece a assinatura do canal BBB? Sério. Tem gente que paga para ficar 24 horas fresteando. Pagar para assistir alguns néscios e alpinistas sociais conversando bullshit (esterco de vaca)?

Sem contar a TV aberta e as reportagens. Para falar sobre a abertura de passagem em uma ponte, entrevistam um caminhoneiro. Sobre a gasolina e entrevistam o pipoqueiro.

Mensalidades escolares? Reportagem padrão: a repórter entra na casa de uma mãe que tem filhos no colégio. O locutor explica tudo. E o gran finale: a repórter pergunta para a mãe o que ele acha desse aumento?

A pergunta: por qual razão, raios, uma reportagem precisa de opinião de algum transeunte ou utente? Ligo o rádio: o must é…a participação de centenas de ouvintes. Mas o rádio virou isso? Agora já tem áudio. “Alô Fulano, aqui é o Jaguara do bairro tal. Acho que o governador…” Ou: “na minha opinião, o treinador do Grêmio…”. Agora a opinião do povo nas ruas. E daí? E o radialista que se acha engraçado e ri dele mesmo… É de farfalhar, mesmo. Contra o cara.

Mas tem coisa pior: é programa de rádio dizendo que o STF é comunista. E assim vai. Pior é quando convidam um adivogado (sic) para falar mal da Constituição. Conheço um radialista assim. Nem precisa convidar ninguém. Ele fala sozinho.

Pausa para um longo comercial. De carro. Que mostra uma cidade vazia. Sem trânsito. Na sequência, o próximo capítulo da novela “De Como Jesus era o Cara” ou “Como sobreviver comendo folhas de alface e lesmas crocantes”. Novo master chef. Dureza.

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